quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Cearense não come rabanada (?)


Foi uma pergunta que comecei a me fazer na véspera de natal de manhã bem cedo, quando estava justamente preparando as rabanadas, que todo o dia 24 de dezembro faço, desde 1996, quando morava em Brasília e reproduzi a receita da minha vizinha mineira, Dona Mozarina, que havia me ensinado no ano anterior, 1995.

E eu sou cearense. E já havia comido rabanada antes, no Ceará mesmo, quando o meu pai, ainda saudável, preparava, dizendo que era receita de família, da sua mãe, minha avó, que era portuguesa e fazia a melhor rabanada do mundo. Mas quando meu pai morreu, não tinha mais ninguém para fazer rabanada. Sou filha única, sem casa de avós fofos ou tias fofoqueiras para ir. Na verdade, as tias fofoqueiras e escrotas até que tenho, mas nunca nos visitamos. Graças. E elas tampouco sabem fazer rabanada.

O certo é que conheci outras, poucas, moças de Fortaleza que comiam rabanada no natal. E as padarias caprichosas começaram a oferecer o quitute quando chegava dezembro. Daí que formulei uma tchiuria, de que esta cousa da rabanada na ceia de natal cearense é herença da geração AnamariaBraga. Sério! A minha receita de peru, por exemplo, é uma mistura de uma receita da 'Namaria e outra da Mattu Macedo (ainda tem o programa de culinária dela, né?). Seja de que forma for, amo rabanada, especialmente de um dia para o outro na geladeira, yummy! 

Daqui pra pouco estaremos no natal de novo, e provavelmente estarei no calor de Fortaleza, roubando rabanadas da geladeira azul da minha mãe.

Bisous.

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