sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

The Hobbit, Tolkien, Terra Média, o amor ♥


Esta publicação é originalmente do meu antigo blog Reverbera, querida!, tomei a liberdade de publicá-la aqui, porque né, o texto e imagens são de minha autoria. 





Aviso de cara que este post será longolongolongo, ou seja, é coisa para quem é iniciado na leitura desse blog. Aviso ainda que pode conter spoiler e impressões, ora pessoais ora técnicas, de uma apaixonada pela mitologia de Tolkien e, para o bem e para o mal, estudiosa de literatura e cinéfila curiosa.


 A primeira vez que ouvi falar na Terra Média, nos Hobbits e no criador de tudo isso, J. R. R. Tolkien, foi há quase que exatamente dez anos atrás, à época do lançamento mundial do filme O Senhor dos Anéis, A Sociedade do Anel. Várias matérias em todas as revistas, desde a Veja, até a Set onde li resenha sobre a trilogia e que resultou no bicho carpinteiro que me consome até hoje. Adendo: ok, eu sabia que existia um rpg Lord Of The Rings, mas como sempre achei rpg coisa de gente com quem eu não queria conversar por mais do que, sei lá, 5 segundos, nunca dei atenção.

 Não fui a estréia, mas sim num domingo pós-concurso. Assisti nas antigas salas de cinema do Iguatemi, quando eram no térreo, muito antes do Multiplex se instalar no último piso do shopping mais querido de Fortaleza. Fui assistir muito curiosa, mas completamente desinformada do que se tratava ou seja, eu não havia lido os livros. Contudo, sabia que seriam três filmes, baseados nos três livros homônimos e seria versado no tema fantástico (literatura de faz de conta. mais ou menos). Bem, para resumir - se é que consigo fazer isso - eu me encantei nas primeiras cenas do Condado e por Sir Ian McKellen como Gandalf. Saí do cinema com uma sensação de vazio, de precisar saber mais da estória. Como assim Gandalf morre derrotado pelo Balrog (Balrog esse que apesar de ser o último da espécie era uma menininha magricela e medrosa perto dos Balrogs do Silmarillion). Então comprei tudo -eudissetudo- o que havia sido publicado em português da obra de Tolkien. Mas logo após comprar a Triologia do Anel, comprei e li numa tarde, com chá e biscoitos, O Hobbit e posso afirmar que é dos meus livros favoritos.

 Muito mais leve e divertido do que a leitura do Senhor dos Anéis, numa primeira instância, por se tratar de um livro que foi concebido para crianças, pois Tolkien escreveu para os filhos, resultado de seus primeiros estudos e empreita na criação dessa mitologia inventada; as línguas, a geografia, tudo nasceu a partir dos seus estudos de filólogo em Oxford. Talvez daí vocês entendam a minha loucurinha por ele, Tolkien, que era meu colega de Letras, apesar de que minha semi-aventura nas línguas mortas (latim e grego) não foi tão fortuita quanto a dele, que falava até gótico.

 Apesar de o ser, não entendo O Hobbit como um livro para crianças. Ao menos não crianças como o nosso querido MEC e sociedade tupiniquim entendem, ou seja, um projeto de ser incapaz de adquirir e acompanhar vocabulário superior a cinquenta palavras, entender inferências, metáforas. Tolkien partia do pressuposto de que toda criança era capaz sim de ler um livro recheado de ideias, tramas e palavras novas (até inventadas) e se divertir muito com tudo isso. Adorável, né? Pois é, eu sei.

 E O Hobbit é isso, ação, invenção, emoção, diversão, numa leitura fluída, deliciosa, diferente em labuta literária do que uma Alice, por exemplo, que foi sim muito bem escrita, contudo pensado para criança. O Hobbit não foi um livro criado para ser fácil de ler. Foi um Hobbit gorducho, valente, bobo e simpático que escreveu, talvez (e somente talvez) seja por isso tão simpático e leve. Coisa de Hobbit. Coisa de Tolkien.



Coisas a se considerar sobre o filme: 

 1. não teremos Smaug nessa primeira película; 
2. mas eu sei, qualquer fã de realidade fantástica está ansioso para ver Smaug, porque ele é a base da concepção de dragão que existe em literatura hoje em dia (oi Martin, termina as Crônicas de Gelo e Fogo, por favor, seu lindo!); 
3. mas teremos muuuito Gandalf e quanto mais Gandalf melhor;
4. você vai amar muito o Bilbo, mais do que amou Merry, Pippin, Sam e Frodo e vai entender porque o anel de Sauron não destruiu nosso heróico Bilbo; 
5. Andy Serkis (Gollum) merece um Oscar, por conta de todo o seu trabalho teatral, expressivo, corporal, vocálico, mesmo por trás dos efeitos especiais. Ele está basicamente fundamentando uma nova maneira de atuar; 
6. esqueçam essa besteira das 48 quadros por segundo (o dobro do que estamos acostumados no cinema) é apenas uma estética nova, abram suas mentes ou procurem cinemas que não rodem o filme assim; 
7. o filme está adaptado, ou seja, tirou umas coisas (pelo o que li) e acrescentou outras (o Jackson gosta, né?), e uma dessas coisas é participação de Legolas, mas só no filme 2; 
8. se você não curte literatura fantástica, maravilhosa, dragões e coisas do gênero não vá ao cinema para fazer comentários toscos sobre o tamanho dos Hobbits e dos anões, me ajude; 
9. boa sorte a quem vai na estreia, hoje, vocês vão precisar rs; 
10. Jackson é Jackson e o cara arrasa. Imagem: minha edição linda do Hobbit e pois é, eu uso óculos mesmo, com grau, não é charminho nerd. 

 UPDATE: para responder algumas perguntinhas:

 1. a minha edição do Hobbit é da Martins Fontes sim, de 2002;
 2. a edição que acho mais linda é a clássica com os desenhos do Tolkien, edição inglesa que a editora Martins Fontes também publicou; 
3. na foto do post não usei delineador (só que eu uso), mas lápis, o contour khôl da L'Oréal. eu prefiro delineador; 
4. o esmalte é o noite africana da Colorama África à vista, que não tem nada de África, mas tudo bem;
5. sim, a foto foi inspirada no avatar de Sir Ian McKellen no Twitter.

UPDATES Recentes:

1. o anel no meu dedo para mim foi uma coisa tipo, The One Ring ;
2. perdi meus óculos :(.

Inté.

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