domingo, 20 de dezembro de 2015

Star Wars: O Despertar da Força (com spoilers e teorias)


E vou avisar de novo, para que não reclamem, vai ter spoiler sim, porque né, difícil comentar o filme a partir das minhas impressões, sem contar nada do enredo. Eu amo a saga Star Wars, cresci assistindo e na verdade, nasci com a saga, porque nasci em 1977, ano da estreia de Uma Nova Esperança, primeiro filme da trilogia clássica, que depois virou a segunda trilogia (ou Trilogia Original, Sequela, sei lá rs), então é muito difícil pra mim escrever de forma não passional.


O Despertar da Força, episódio VII da terceira trilogia de Star Wars, foi muito mais do que eu esperava, superou todas as minhas expectativas e eu nem tinha tantas, só estava ansiosa mesmo. Lembro de quando estreou a segunda trilogia, que na verdade virou a primeira (Prequela, Prelúdio), com os episódios I, II e III, que as pessoas odeiam e que eu até gosto (porque gosto de saber do começo das coisas) que fiquei muito muito ansiosa. Lembro de que fui assistir a estreia da Vingança dos Siths (2005) com meus amigos de faculdade, e lá se vão 10 anos. Chorei com todo o processo de transformação do Anakin em Darth Vader, desde a morte do Mance Windu, dos padawans até a luta com Obi-Wan. Sim, eu chorei com filme de ficção científica, me deixa. Até porque, Star Wars nos comove e atravessa gerações e não é por causa dos efeitos especiais, mas sim da luta do bem contra o mal, e ainda, porque é profundamente humano na maneira como aborda tudo isso. Ah, o cinema ❤.


O filme em si: espetacular. Desde os efeitos especiais inacreditáveis, até todo o respeito no trato dos detalhes e homenagens à antiga trilogia (o filme está cheio de easter egs, ou ovos de páscoa, expressão em inglês que quer dizer, mais ou menos, surpresas inesperadas) e toda a mitologia surgida a partir de O Despertar da Força. Rey é nosso novo Luke Skywalker, sendo filha dele ou não (não sabemos ainda); Finn, o Stormtrooper desertor, nosso novo Han Solo; Kylo Ren o novo Darth Vader. Não entendam como substitutos, não. Cada personagem novo tem sua própria história e personalidade, mas que podemos localizar no lugar das personagens da trilogia original, dentro de uma nova história que no final das contas é a mesma: a busca pelo equilíbrio da Força.

Rey, qual é a sua história? A gente sabe que ela foi deixada em Jakku, por algum motivo extremo, porque abandonar uma menininha à própria sorte, num planeta de ladrões e traficantes não é algo normal; alguém que tem alguma ligação com os Skywalker, porque afinal, Rey ouve o chamado do sabre de luz de Anakin, que passou para Luke, que o perdera na luta épica que travou com seu pai, Darth Vader - O Império Contra-Ataca; e a força é poderosa em Rey, como é poderosa na família Skywalker; Rey não só resiste ao poder mental de Kylo Ren, como entra em sua mente e vê seu medo, hipnotiza o Stormtrooper, exatamente como o Obi-Wan de Alec Guinness faz em Tatooine (o mesmo sotaque britânico *_*) e desenvolve muito rápido habilidade de usar a Força. Minha ídala!


Kylo Ren, filho de Han Solo e Leia Organa, levado para ser treinado na Academia Jedi de Luke, seu tio, até alguma coisa acontecer, e ele se virar contra os Jedi e matar todos da academia, como seu avô Anakin fez no Templo Jedi em Coruscant. Han Solo comenta com Leia, num certo trecho do filme, que sempre teve muito de Darth Vader em Kylo Ren (que na verdade se chama Ben, certamente uma homenagem a Obi-Wan). No episódio VII nos deparamos com um vilão em formação, assim como Rey e Finn são heróis em formação. Kylo Ren é agressivo, há muita raiva e ressentimento nele, como se sentisse traído e enganado por sua família e pela luz, como se essa representasse algo de que ele tem medo e quer fugir. Ou seja, ele acredita que está no lado correto, profundamente influenciado pelo verdadeiro vilão, o Líder Supremo Snoke, que aliás é a minha única ressalva em relação ao filme, não a personagem, mas o nome ridículo.


Snoke, quem é você na noite? Ou no Lado Negro? Gente, quase certo que Snoke seja um Darth Plagueis, só o maior vilão da Mitologia de Star Wars, um dos maiores, e sem dúvida mais poderosos Sith do universo da saga. Embora ele nunca tenha marcado presença fisicamente em qualquer dos filmes da franquia, seu alcance se estendeu muito além de sua morte. Plagueis era o mestre de Darth Sidious, também conhecido como Imperador Palpatine, e foi reverenciado em uma cena entre Sidious e Anakin Skywalker no Episódio III: A Vingança dos Sith. Esse antigo Lorde Sith aparentemente tornou-se tão poderoso em seus estudos sobre o Lado Sombrio, que encontrou uma maneira não apenas de se tornar portador da maior força do universo, mas também de dominar a morte. No conto que Palpatine narra para Anakin, seu mestre, Plagueis, estudou extensivamente os midichlorians, usando seus recém adquiridos conhecimentos a fim de impedir a morte daqueles que lhe eram próximos. Uma alternativa sedutora o suficiente para balançar Anakin naquele momento de sua vida. Mas afinal, como Darth Plagueis poderia estar no Episódio VII? Bem, como sabemos, O Despertar da Força possui um outro grande vilão acima de Kylo Ren, e do qual temos poucas informações até agora: Snoke. Interpretado pelo ator Andy Serkis por meio de captura de movimentos, Snoke têm uma aparência bastante similar à de Plagueis, inclusive o tamanho assustador. Embora pelo que se saiba, o antigo Lorde Sith tenha sido morto por Darth Sidious, estamos falando de alguém que tinha controle sobre a vida e a morte, e do qual não sabemos a extensão do conhecimento a respeito disso. Se Qui-Gon Jinn descobriu como se tornar um só com a Força e passou isso a Yoda e Obi-Wan, porque Plagueis não poderia ter burlado a própria morte e acumulado poder esperando o momento perfeito para retornar ao universo? Isto faria uma excelente ligação com as outras trilogias, ao mesmo que traria o seu próprio vilão, que não foi visto em filmes anteriores. Lembrando que, embora o livro Darth Plagueis tenha sido desconsiderado, o personagem ainda é cânone, graças à historia contada por Palpatine a Anakin.

E a ansiedade para o Episódio VIII?

Inté.


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