quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Kodak faz parte da minha vida ♥

Esta publicação é originalmente do meu antigo blog Reverbera, querida!, tomei a liberdade de publicá-la aqui, porque né, o texto é de minha autoria.




Esta semana (meados de janeiro de 2012) a Kodak, rainha dos papéis fotográficos, dos filmes 35 mm e um dos últimos pilares da fotografia analógica, abriu concordata, um passo para fechar as portas e dar fim a uma era preciosa no que diz respeito ao registro de vida e de arte, desdobramento das artes plásticas, que é a fotografia. 


Mais uma triste coincidência em minha vida, pois fazem poucas semanas que mandei revelar os últimos filmes fotográficos, todos Kodak, que ainda restavam aqui em casa. Imagens de seis anos atrás. Os pequenos realmente pequenos, aniversários, férias, momentos que já havia esquecido. E esta mesma semana, da concordata da Kodak, chegou aqui em casa a primeira remessa de fotos digitais em papel fotográfico, hábito que muitos de nós perdemos e eu, por essa minha índole apegada, estou tentando resgatar. 

 Não acredito no fim da foto analógica, afinal, coisas bem mais difíceis de se sustentar perante a era digital, como o filme estantâneo tipo Polaroid, voltou foi tudo, por conta do Impossibel Project. E a analogia, como sabemos, virou moda, para o bem e para o mal. Lomography feelings. 

O problema é que tanto a foto instantânea quanto a analogia se tornaram uma espécie de hobby. E dos caros. Filminhos analógicos de 35mm podem chegar a R$ 50,00, e nem se fala no filme estantâneo para Polaroids 600 e 630 ou para Instax da Fuji, que chegam a R$ 100,00. Sendo que as Polaroids e afins têm a vantagem de não precisar revelar. E é ai que talvez resida o probleminha da lomografia e coisa que o valha, pois com a quebra da Kodak, é que decerto todas as casas de revelação, meio que mantidas pela marca, provavelmente terão que parar os serviços de revelação, restando apenas poucos endereços, a grande amioria da modinha Lomo e todos, obviamente, caríssimos. 

 E dá uma nostalgia ruim, porque, repara só, minha primeira câmera fotográfica foi uma Kodak, bem simplinha, de uso doméstico. Comprei em 1995 para registrar minha vida de mamãe e dona de casa. Com essa câmera registrei quase dois mil momentos da nossa vida. E veio outra analógica, uma Olimpus semi-profissional (que por sinal viajou com minha amiga Bel para a Europa e fez fotos lindas), que ficou responsável por nossos registros por algumas primaveras, até que enfim chegou a primeira câmera fotográfica digital da casa, uma Vivatar de 5 mega pixeis, que ganhei de brinde, quando comprei uma impressora fotográfica, idos de 2006. 

 Em Fortaleza revelava os filmes analógicos em uma lojinha do Centro da cidade, a Canadá Color. Os últimos foram no laboratório do Extra Montese. Aliás, vi a lojinha do Extra parar de revelar filmes analógicos e se tornar um ponto de revelação digital única e exclusivamente. Aqui no Rio procurei por endereços, achei a lista da Lomography, todos com preços dificultosos, mas acabei encontrando nessa lista uma dessas lojinhas mantidas pela Kodak Professional, com o irônico nominho de DigitALL Photo, na Cinelândia, lugar do charmoso e antigo Cine Odeon. 

 Como pretendo continuar tirando fotos analógicas, manterei vossas mercês informados de como as coisas haverão de se desdobrar. 

 Bisous. 

 Imagem: ironicamente digital, feita por mim com uma Sony Cyber-Shot DSC-W530.

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