sexta-feira, 13 de junho de 2014

E hoje é dia de Fernando Pessoa



Fernando António Nogueira Pessoa ou simplesmente, Fernando Pessoa, foi um poeta, filósofo, escritor, astrólogo e manguaceiro de carteirinha, nascido filho da língua portuguesa, há exatos 126 anos atrás.

É considerado o mais universal poeta português. Para mim Pessoa é o mais universal de todos os poetas, porque ninguém foi tantos, e criou tanto sendo muitos que era um, ou seja, pirou tanto na cousa da versificação quanto ele.  Enquanto poeta, escreveu sob múltiplas personalidades – heterônimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro –, sendo estes últimos objeto da maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra. Robert Hass, poeta americano, diz: "outros modernistas como Yeats, Pound, Elliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente... Pessoa inventava poetas inteiros." 

Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever seus primeiros poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como "Whitman renascido", e o incluiu no seu cânone entre os 26 melhores escritores da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa.

Autopsicografia 

 O poeta é um fingidor. 
 Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
 A dor que deveras sente. 
 E os que lêem o que escreve, 
 Na dor lida sentem bem, 
 Não as duas que ele teve, 
 Mas só a que eles não têm.
 E assim nas calhas de roda Gira,
 a entreter a razão, 
 Esse comboio de corda 
 Que se chama coração.


Bisous.


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