segunda-feira, 9 de junho de 2014

Instagram - I don't go to sleep to dream




Amo fotos. Tiro fotos desde os 18, quando comprei a minha primeira câmera. Sei lá, acho que me acalma a coisa do registro de tempo, que capta um segundo de vida, ora ensaiada, ora não, como se aquilo funcionasse como uma espécie de máquina do tempo.

 Lembro quase que perfeitamente de cada uma das fotos que lotam os álbuns de família que coleciono desde 1995, que atravessaram a era analógica. As pouquíssimas fotos antigas de família também estão comigo, guardadas em um envelope já amarelado, esperando um porta-retrato, uma restauração, coisas assim.

Às vezes passo um certo tempo revendo as fotos nos álbuns, e relembrando, revivendo aqueles registros da nossa vida. Lembro se fazia calor (pouco ou muito), da sensação do dia, se era de festa ou de tristeza, porque sim, tem vez que  a gente tira foto em dia triste.

Agora passo algum tempo revendo minhas fotinhas no Instagram, que virou uma espécie de álbum, só que aberto para todos verem, ao menos enquanto a gente não bloqueia o perfil. Engraçado, né?

O Instagram também virou meio que uma medida de tempo: fotos de hoje, de ontem, de três dias atrás, ou: de 20 semanas atrás, quando cheguei em Fortaleza, tão cheia de esperança de que tudo poderia voltar a ser como eu supunha que havia sido um dia; 50 semanas atrás, festa julina no Rio, já com algum pressentimento de que estava tudo muito errado; 100 semanas atrás, num inverno lindo, uma tarde no Parque Lage, o coração tão leve, feliz... Sleep to dream, you got your head, in the clouds

Esperando as próximas 110 semanas de IG.




Inté.

Imagem: fotinha minha, bem pessoal, que postei primeiro no blog antes do IG.

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