Eu não sou descendente de ingleses, tampouco de americanos, mas celebro Halloween faz uns 20 anos com tudo o que tenho direito: abóboras decoradas com velas (jack o'lantern), doçuras ou travessuras (dentro de casa, tudo bem), fantasias, ponche e torta de abóbora (numa versão brasileira, com coco).
A primeira vez que comemorei Halloween foi em Brasilia. Lembro que achei uma seção das Americana do Conjunto Nacional cheia de artigos de Halloween, 1995. Em Fortaleza o máximo de contato que havia tido com a data, que eu já amava dos filmes da Disney, era a decoração com morcegos de papelão do Ibeu. Comprei algumas besterinhas, balas e aproveitei os filmes de terror que passaram no SBT, na Globo e na Bandeirantes.
Todo ano, durante estes 20 anos que comemoro o Dia das Bruxas, sou alvo de críticas dos vizinhos, dos conhecidos puristas protetores da cultura nacional. E eu não me vejo atentando contra a cultura nacional, especialmente porque eu sou professora de Literatura Brasileira, que eu amo e divulgo (a coisa mais comum e minha cara é tecer odes de amor ao José de Alencar e Machado de Assis) e o que há de bom nesse Brasil varonil.
Mas o certo é que não me sinto numa obrigação de ser patriota nacionalista, por mais que me identifique sim com aspectos da nossa cultura. Também me sinto apegada a coisas de fora, como o Halloween, por exemplo.
E o Dia do Saci? Procure pelo blog, tem post sobre.
Só para que saibam, o Halloween tem origem numa comemoração pagã, o Samhain, que comemorava o fim da Roda do Ano, do festival das colheitas, o começo do Inverno físico e espiritual, o fim do ano para os Celtas, que se fantasiavam com peles e cabeças de animais abatidos para o inverno. A crença nos espíritos também despertou outros costumes típicos da festa, como o uso de leite e comida, hoje substituídos por doces, para acalmar os espíritos.
Boo.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Sejam educados, seus lindos!