domingo, 21 de dezembro de 2014

Madonna - Rebel Heart



Não costumo resenhar discos. Nem antigos, tampouco recém lançados como Rebel Heart da Madonna. E sim, discos. É que nunca me libertei dos discos de vinil, desculpe os muito sensíveis. Mas então, isso aqui nem será uma resenha. É apenas a minha opinião.

Eu ouvi as seis faixas liberadas de Rebel Heart. Eu achei estranho. Aquele reggae safado. O que é aquilo? Ao mesmo tempo que parece um pouco com tudo que Madonna já fez, não parece. Portanto achei bem Madonna. Porque Madonna se reinventa na coisa de se encaixar nas entrelinhas da música pop. E até gostei. E um pouco mais do que gostei de MDNA. MDNA que de princípio, achei sofrível, produto de mulher em crise da meia-idade, que se veste de líder de torcida com um bebê de plástico para se sentir mais legal ao lado de uma menina de plástico, Nicki Minaj. Mas tive que ouvir MDNA insistentemente, com todo o meu amor e boa vontade, porque eu amo Madonna, até ser conquistada por I'm addicted. Mas não é meu favorito. E nem tão maravilhoso como Confessions of dance floor. Mas sei que MDNA tem um algo, um ao menos, alguma mensagem por trás, que eu não consegui decifrar bem, dado que a forma era meio vergonhosa. Mas Madonna sempre traz algo nas entrelinhas, nem que seja o delírio. E talvez tenha sido o caso.

Mas veja bem, apesar da quase irrelevância dos últimos trabalhos de Maddie, ainda estamos falando sobre ela, numa tentativa de ler e reler, reencontrar o mito Madonna. Na verdade acho meio cansativo essa coisa de exigir do artista que ele reinvente a roda a cada suspiro e descanso de sua lira criativa. Acho perverso, desumano. E olha, acho meio que mau-caratismo mesmo. A impressão que tenho dos fãs da Madonna, alguns ao menos, é que estão na espera de que ela falhe, ignorando tudo o que a persona fez durante décadas de reinvenção no sofrido cenário pop.

Lembro duma comunidade no saudoso Orkut - Madonna, volte a ser puta - na época do Ray of Light, em que Maddie vivenciava uma fase espiritual, cabalística, que eu e a crítica amamos. Ganhou um monte de prêmios, todos merecidos. Eu amo Ray of Light. Foi uma fase completamente diferente de tudo o que Madonna havia nos mostrado até então. Super criativo, ousado, musicalmente rico, mas alguns fãs - alguns muitos fãs - pararam diante à estranheza de Shanti Ashtangi. Música que meu querido Luis Anderson diz ser minha cara. Por sinal, é a minha música favorita.

A sensação que fica é de que todos querem a mesma Madonna lucky star, boderline, everybody. A Madonna erotica pra sensualizar na pista. E só. E eu acho que está aí a rebeldia de Madonna. Porque ela nunca faz o que a gente quer ;).

E fiquemos com Music, em que ela já se declarava Rebel.



Bisous.


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