quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

American Horror Story


AVISO: O post a seguir conta com um monte de spoilers das temporadas passadas de American Horror Story (AHS) e da temporada que já encerrou nos Estados Unidos, mas ainda está passando aqui no Brasil, Freak Show, que é a 4ª temporada. Se você não gosta de saber do andamento das coisas ou de saber de antemão o final de séries que ainda está por assistir, pare por aqui.

Editado!

Demorei muito para escrever sobre uma das minhas séries favoritas, AHS, mas enfim escrevi. Adendo: Eu sei, estou em dívida sobre GoT (Game of Thrones) mas tenham paciência que antes da 5ª temporada, farei o post.

Quando começou a se anunciar que teríamos uma série de terror baseada em lendas urbanas americanas eu surtei, porque né, como vocês sabem, eu amo histórias de terror. Tudo bem que a série era do Ryan Murphy, para quem não sabe, o mesmo diretor de Glee. Aí a gente fica, Glee x American Horror Story, o que tem a ver? Bem, se a gente se nortear para a coisa do loser, do outsider, do freak, tem tudo a ver, né? Pois é. Pois então, veio a estreia, em 2011 da 1ª temporada das Histórias de Horror Americanas (American Horror Story), intitulada de Murder House. O tema era uma casa sinistra, cujo pano de fundo era a infidelidade. É centrada na família Harmon, que se muda para essa casa sinistra, uma mansão, sem saber que a casa é assombrada pelos seus antigos moradores. Literalmente assombrada, porque todos morreram. Ao longo dos episódios a gente vai percebendo quem morreu.



Essa primeira temporada, que possui apenas 12 episódios, é a temporada mais assustadora, digamos assim. Além da família que se muda para a casa, o Dr. Ben (Dylan McDermott), sua esposa Vivien (Connie Britton) e a filha do casal Violet (Taissa Farmiga),  temos Moira (Frances Conroy/Alexandra Breckenridge), a estranha empregada da casa, que ora aparece velha, ora aparece jovem. A enigmática vizinha Constance (Jessica Lange, que roubou a série) e sua filha Addie (Jamie Brewer), que constantemente invadem a casa. Tate (Evan Peters), o novo interesse amoroso de Violet. E sem deixar de mencionar a criatura vestida com roupa de látex preta, que aparece em diversas cenas de suspense.

A temporada vai se elaborando em flashbacks do que aconteceu na casa: demência, assassinatos, até chegar a origem de tudo. Muita referência a velhos filmes de terror, especialmente O bebê de Rosemary, O Iluminado, Poltergeist e, pasmem, Beetlejuice. É, tem muito humor negro.

Aí eu já havia me apaixonado pela série e estava na aflição pela segunda temporada, que veio. American Horror Story não é uma série de TV convencional. Cada temporada é uma história nova, novo enredo, trilha, cenários, figurinos e os próprios atores fazendo algo diferente. Em suma, cada temporada de American Horror Story é única.



A 2ª temporada, uma temporada mais baseada em ficção científica e suspense, que se passou entre 2012-2013, Asylum, é das temporadas mais queridas pelos fãs com seus 13 episódios aflitivos, com shows de interpretação de nossa querida Jessica Lange (Irmã Jude) e Sarah Paulson (Lana). Eu gostei bastante, mas não é a minha favorita, tampouco a 1ª , tanto que se tornou minha temporada favorita, especialmente pelo desfecho, a morte do Bloddy Face Jr.

Acredito que Asylum se tornou a temporada favorita por conta do "final feliz" que Ryam Murphy desenhou para os protagonistas, fora que ele conseguiu amarrar as pontas do enredo, do jeito que deu. Para quem gosta de respostas mais do que as perguntas, deve funcionar. Eu, particularmente, prefiro quando as coisas não saem tão certinhas, porque história de terror não tem que acabar bem.

 Apesar do enredo diferente da temporada passada, a estrutura era basicamente a mesma. Em um certo momento, AHS deixou a gente perdido com tudo que acontece, mas no momento oportuno vem a resolução, juntando as peças do quebra-cabeça, dando sentido a todo o enredo da temporada. Chegamos ao fim e ficamos satisfeitos (quase) com o destino dos personagens, bem explicado pelo documentário narrado por Lana, a inesquecível Lana "Banana" (que roubou a temporada para si).

O que me incomodou na temporada é que era muita coisa acontecendo de quase todas as vertentes de terror. Só faltou vampiro e lobisomem. Tinha demônio, freira possuída, alienígena, médico nazista do capeta: tudo. Teve até Anne Frank, gente. Coitada da Anne Frank.

O fim da série, culminado no face a face de Lana com seu filho "Bloody Face Jr", amarrou o roteiro de um jeito sensacional. O assunto que me incomodou um pouco foi referente ao final de Kit (Evan Peters). Após sua saída de Briarcliff: fica com a amadinha maluquete do Briarcliff, daí reencontra a amadinha antiga com pimpolho e tudo, daí ficam todos juntos, daí a 1ª amadinha surta e mata a outra e vai parar no pinel dos infernos (Briarcliff), daí ele fica amiguinho da Irmã Jude, e daí vai para a luz. Gente.



Eis que chega a 3ª temporada, Coven, 2013-2014 e essa sim, é a minha temporada favorita. Com o figurino mais fashionista, o máximo para quem gosta de moda, como euzinhaE, é a temporada menos querida pelos fãs em geral. Talvez por conta do enredo versado em bruxaria e escravidão em que o terror está nas nuanças. É a temporada mais interessante, mais rica e com maior presença do humor negro, que eu amo. Jessica Lange de Supreme está irretocável. Não é nem de longe a temporada mais assustadora, esse título fica para Muder House. Mas é a temporada bem interessante.

A série trata de dois assuntos, como já mencionei, bruxaria e a escravidão nos Estados Unidos. Mais de 300 anos após os tempos turbulentos de Salém, as descendentes das bruxas da época, tentam sobreviver e evitar a extinção dos clãs de bruxas. Os acontecimentos ocorrem principalmente em Nova Orleans, onde vemos o desenrolar da trama. Por conta dos misteriosos ataques que as bruxas vêm sofrendo, as novas pupilas são enviadas para uma escola especial em New Orleans para aprenderem a se proteger, tipo uma Hogwarts mais simplinha. Preocupada com a ameaça, Fiona (Jessica Lange), a bruxa Suprema, retorna à cidade determinada a proteger o clã e disposta a dizimar quem aparecer em seu caminho. Na verdade, é isso que ela afirma, só que né, nossa Supreme musa, na verdade está morrendo e quer repetir uma certa mandiga do passado que a fez se tornar Supreme. Digamos que ela pretende ser uma Supreme de forma perene. 

A escolinha de bruxinhas ou, Acadêmia para Excepcionais Jovens Garotas da Madame Robichaux, que acolhe jovens bruxas na tentativa de ajudá-las a controlar seus poderes e desenvolver suas aptidões, é dirigida por Cordelia Foxx (Sarah Paulson), filha da bruxa suprema Fiona Goode (Jessica Lange). 

Uma vez na Academia (escola de bruxinhas) temos a reunião de bruxas adolescentes Zoe (Taissa Farmiga), Madison Montgomery (Emma Roberts) uma pop-star que foi mandada para esta academia na tentativa de controlar seus poderes auto-destrutivos, Queenie (Gabourey Sidibe) uma ex-atendente de fast food e Nan (Jamie Brewer) uma jovem que busca ser comum mas é tratada como diferente pelas outras pessoas, porque é especial. Esse é o núcleo principal e tudo na série acontece em torno desses personagens. 

A série resgatou duas personagens históricas do passado escravocrata de Nova Orleans. São elas: Marie Laveau (Angela Basset) praticante de voodu dos Estados Unidos, sendo chamada até hoje de Rainha do Voodu, e Delphine LaLaurie (Kathy Bates) uma socialite de Nova Orleans e suposta assassina em série, que segundo a lenda, ajudou a torturar, mutilar e matar dezenas de escravos. Na trama, a história dessas duas personagens é um intrincado jogo de ódio, vingança pelos anos. LaLaurie torturou e matou o amante de Marie e, para se vingar, a Rainha Voodu amaldiçoou a assassina com a vida eterna. Fiona vai fazer um passeio com as meninas e por acaso acaba “encontrando” LaLaurie, enterrada em sua prisão eterna, um caixão a 7 palmos debaixo da terra no quintal de sua antiga casa, já no século XXI. Bem, libertar a socialite não fez muito bem ao pacto de paz entre as bruxas do Clã e bruxas praticantes de Voodu. Uma guerra começou entre os clãs e a coisa ficou feia quando os caçadores, membros do Delphi Trust apareceram. E essa é a trama principal de Coven. 

De todas as temporadas, Coven, na minha apreciação, foi a temporada mais linear, coesa, sem precisar recorrer a participações especiais ou loucuras de última hora no enredo.O trabalho com figuras históricas, especialmente Madam LaLaurie, deram a temporada doses excepcionais de humor e terror na medida certa.

E então a 4ª temporada, Freak Show, 2014-2015, com  13 episódios, foi uma temporada bem linear, assustadora e, com momentos tocantes, como a historinha do palhaço assassino, Twisty, que num momento achei que seria uma inspiração no It, mas não, vemos uma outra leitura de palhaço, muito boa, por sinal.



 Freak Show tem uma enorme quantidade de personagens, que foram apresentados aos poucos. O núcleo principal tem Elza, Jimmy, Betty e Dot. Ao redor desses personagens orbitam Ethel Darling. Dandy e Gloria Mott. No segundo episódio, foram apresentados Desirée Duprée e Dell Toledo. Todos os personagens tem um lado bom e um lado ruim, tem seu lado freak e seu lado normal.

Destaque para nossa querida Sarah Paulson de novo, que estava incrível na caracterização de Betty e Dot, as gêmeas possuíam personalidades distintas. Cada uma pior que a outra. A fotografia da temporada estava linda, colorida, tons fortes e, às vezes, alguma coisa em tons pastel, contrastando com o circo de horrores. Outro destaque, a volta de Mary Eunice, da 2ª temporada Asylum (a freira possuída)! Houve outros momentos de conexões com as temporadas passadas, mas este foi sensacional. As cenas musicais, brilhantes, especialmente a cena de Elsa cantando David Bowie.

Gostei do final de Elsa Mars, que não foi para o céu, e sim para o inferno, condenada por toda a eternidade a cantar a tal música, tal qual Sísifo, da mitologia grega, que foi condenado para sempre a empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela rola de volta. Gran finale, a despedida de nossa Jessica das Histórias de Terror Americanas.

Que venha a próxima temporada (Hotel) com Lady Gaga, Mother Monster.





Bisous.

4 comentários :

  1. bá, eu não consegui assistir toda essa 4ª temporada... a história não me cativou! pra mim a 3ª é a melhor temporada, e concordo contigo sobre a 1ª ser a mais assustadora... a 2ª eu dispenso ,também achei too much aquele lance alienígina

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  2. Super concordo sobre Coven *-* E realmente, foi a temporada mais "fashionista" <3 E deve ter sido algum erro , quando você colocou os nomes dos personagens de Freak Show, tem Dimmy ahsuiahsui desculpa,é que sou bem detalhista com essas coisas e muito "corregidor" e.e

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Sejam educados, seus lindos!

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