Ontem foi alguma coisa em relação ao saudoso José Wilker, algum comentário desnecessário, grosseiro, demonstrando alguma satisfação com a sua morte (pois é), reclamando do seu gosto por cinema de arte. Bem, o cara era artista, estudioso de cienma, um dos nossos maiores atores. Por que será que ele gostava de cinema de arte, né? Eu, particularmente, acho a apreciação do cinema de arte, tão esquecido, meu Deus do céu, é algo lindo e necessário, e esperado, especialmente dum artista da área. É pra gostar de quê? X-men? Meu povo, melhore.
E eu me emocionei em vários momentos do Oscar, gente. Achei linda a apresentação da Lady Gaga, as falas do Simmons, da Arquette, a emoção de Julianne Moore, Iñárritu homenageando os imigrantes latinos e o Keaton e a apresentação da canção Glory, que foi de arrepiar. Outro momento boring do Twitter, o povo reclamando da "chatice" do Oscar. Como assim chatice rs?
E eu me emocionei em vários momentos do Oscar, gente. Achei linda a apresentação da Lady Gaga, as falas do Simmons, da Arquette, a emoção de Julianne Moore, Iñárritu homenageando os imigrantes latinos e o Keaton e a apresentação da canção Glory, que foi de arrepiar. Outro momento boring do Twitter, o povo reclamando da "chatice" do Oscar. Como assim chatice rs?
A cerimônia, apresentada por Neil Patrick Harris, mostrou-se logo de começo diferente. NPH praticamente iniciou a sua fala chamando atenção para a falta de indicação de artistas negros nesta edição do Oscar, que tinha entre os filmes que concorriam em alguma categoria, Selma, sobre Luther King, que por sinal não foi indicado a melhor filme sei lá o motivo. E é um ótimo filme, o melhor sobre Dr. King que já assisti. E as alfinetadas contra o suposto "esquecimento" da academia duraram toda a premiação. Mas, não se deixem enganar, o discurso foi ensaiado, foi a Academia fazendo um mia culpa. É bonito, mas fica só na boniteza.
Para mim em especial houve um momento tenso, o anuncio de que Lady Gaga faria uma homenagem a Sound of Music, interpretando a própria Sound of Music, eternizada na voz cristalina de Julie Andrews. E confesso que senti um arrepio da nuca ao dedinho do pé. Mas foi lindo, gente. Gaga parecia uma musa do cinema antigo e o vestido da apresentação estava lindolindolindo. Confesso que me emocionei quando apareceu a própria Julie Andrews *_*! É tão bom se surpreender nessa vida.
Mas os momentos que mais me alegraram foram as falas dos vencedores na categoria ator e atriz coadjuvante. A fala fofa de Simmons de Whiplash, pedindo para lembrarmos dos nossos pais, especialmente numa cultura que prega o desapego aos pais, como é a cultura americana, foi muito corajoso e tocante. E, o discurso reenvindicando direitos iguais no cinema para as atrizes, na voz de Patrica Arquette de Boyhood (único Oscar do filme).
Os premiados.
Melhor filme: Birdman {acertei}
Melhor diretor: Alejandro Gonzáles Iñárritu (Birdman)
Melhor ator: Eddie Redmayne (Teoria de tudo) {acertei}
Melhor Atriz: Julianne Moore (Para sempre Alice) {acertei}
Melhor ator coadjuvante: J.K. Simmons (Whiplash) {acertei}
Melhor Atriz coadjuvante: Patricia Atquette (Boyhood) {acertei}
Melhor roteiro original: Birdman
Melhor roteiro adaptado: Jogo da Imitação {acertei}
Melhor filme estrangeiro: Ida {acertei}
Melhor animação: Big Hero
Melhor fotografia: Birdman {acertei}
Melhor maquiagem: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhor figurino: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhor design de produção: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhores efeitos visuais: Interestellar {acertei}
Melhor canção: Glory, Selma {acertei}
Melhor trilha: Grande Hotel Budapeste {errei, mas fiquei feliz rs}
Este ano não acertei tudo como ano passado, mas acertei treze palpites de dezessete, então né? Pois é.
Achei um absurdo Big Hero ganhar na categoria melhor animação. Para começar, Como Treinar seu dragão tem história, como falei na minha postagem sobre os Globos de Ouro, Como Treinar seu Dragão é daquele tipo de animação muito muito boa. Em termos de técnica de animação, não há nada de mais, só que em termos de história e conteúdo a conversa é outra. Baseada na série de livros homônimo - que eu super recomendo, é divertido, é rico e tem profundidade, não é só bonitinho. Como não amar Toothless (Banguela)? Apesar do fundo fantástico, com dragões alados na era dos vikings, no âmago da história a gente vê que Como treinar seu dragão fala de amizade, de família e de crescer, que às vezes dói. As relações estabelecidas entre pessoas queridas e toda a complexidade dessas relações. Inclusive a perda.
E eu nem preciso falar da Princesa Kaguya, né? Porque era simplesmente a melhor animação concorrendo. Espero que não me venham aqui reclamar que Lego não estava concorrendo, e não deveria mesmo concorrer, a qualidade técnica não dá nem pra tentar concorrer com Big Hero, menos ainda com Kaguya, todo feito a mão. E, vamos lá, Big Hero ganhou porque é Disney e a Disney é a cara dos Estados Unidos, é um patrimônio. Enquanto a Academia puder deixar suas estatuetas (e dinheiro) com os indicados que são a cara de Hollywood, ela deixará. E, um filme baseado numa série de livros noruegueses e uma animação japonesa, definitivamente, não são a cara de Hollywood.
Inté.
Mas os momentos que mais me alegraram foram as falas dos vencedores na categoria ator e atriz coadjuvante. A fala fofa de Simmons de Whiplash, pedindo para lembrarmos dos nossos pais, especialmente numa cultura que prega o desapego aos pais, como é a cultura americana, foi muito corajoso e tocante. E, o discurso reenvindicando direitos iguais no cinema para as atrizes, na voz de Patrica Arquette de Boyhood (único Oscar do filme).
Os premiados.
Melhor filme: Birdman {acertei}
Melhor diretor: Alejandro Gonzáles Iñárritu (Birdman)
Melhor ator: Eddie Redmayne (Teoria de tudo) {acertei}
Melhor Atriz: Julianne Moore (Para sempre Alice) {acertei}
Melhor ator coadjuvante: J.K. Simmons (Whiplash) {acertei}
Melhor Atriz coadjuvante: Patricia Atquette (Boyhood) {acertei}
Melhor roteiro original: Birdman
Melhor roteiro adaptado: Jogo da Imitação {acertei}
Melhor filme estrangeiro: Ida {acertei}
Melhor animação: Big Hero
Melhor fotografia: Birdman {acertei}
Melhor maquiagem: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhor figurino: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhor design de produção: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhores efeitos visuais: Interestellar {acertei}
Melhor canção: Glory, Selma {acertei}
Melhor trilha: Grande Hotel Budapeste {errei, mas fiquei feliz rs}
Este ano não acertei tudo como ano passado, mas acertei treze palpites de dezessete, então né? Pois é.
Achei um absurdo Big Hero ganhar na categoria melhor animação. Para começar, Como Treinar seu dragão tem história, como falei na minha postagem sobre os Globos de Ouro, Como Treinar seu Dragão é daquele tipo de animação muito muito boa. Em termos de técnica de animação, não há nada de mais, só que em termos de história e conteúdo a conversa é outra. Baseada na série de livros homônimo - que eu super recomendo, é divertido, é rico e tem profundidade, não é só bonitinho. Como não amar Toothless (Banguela)? Apesar do fundo fantástico, com dragões alados na era dos vikings, no âmago da história a gente vê que Como treinar seu dragão fala de amizade, de família e de crescer, que às vezes dói. As relações estabelecidas entre pessoas queridas e toda a complexidade dessas relações. Inclusive a perda.
E eu nem preciso falar da Princesa Kaguya, né? Porque era simplesmente a melhor animação concorrendo. Espero que não me venham aqui reclamar que Lego não estava concorrendo, e não deveria mesmo concorrer, a qualidade técnica não dá nem pra tentar concorrer com Big Hero, menos ainda com Kaguya, todo feito a mão. E, vamos lá, Big Hero ganhou porque é Disney e a Disney é a cara dos Estados Unidos, é um patrimônio. Enquanto a Academia puder deixar suas estatuetas (e dinheiro) com os indicados que são a cara de Hollywood, ela deixará. E, um filme baseado numa série de livros noruegueses e uma animação japonesa, definitivamente, não são a cara de Hollywood.
Inté.
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