Imagine a adolescência de uma garota do subúrbio de uma cidade como Fortaleza, em meados da década de 90, assistindo MTV pirata na antena de UHF, copiando fitas k7 dos vinis caros que os amigos da escola particular, em que a garota estudava com bolsa, compravam nas lojas da Aldeota. Imagine essa garota de jeans rasgados, camisa xadrez, vários brincos na orelha, com lápis preto nos olhos e batom vermelho, numa época que ninguém andava assim, porque era assim que se vestiam num lugar muitomuito longe de Fortaleza, em Seattle, onde estava o seu ídolo, o seu anti-herói (ou herói byroniano) que não queria ser ídolo de ninguém, mas era. Estou falando da Elizabete aos 14 anos, fã do Nirvana, fã de Kurt Cobain.
E saiu essa semana o primeiro trailer do documentário sobre Kurt Cobain, Montage of Heck, produzido pela linda Frances Bean (para quem não sabe, filha de Kurt e Courtney) e é simplesmente de arrepiar, é de doer o coração de qualquer fã, como eu.
Óbvio que ainda é muito cedo, pode ser que estejamos nos enchendo de expectativa para no fim das contas não ser nada de mais, mas eu duvido.
Porque existem pessoas, bandas, livros, músicas e histórias que passam. Nirvana é para sempre.
Bisous.
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