E, basicamente, isso é ser feminista.
Não é odiar os homens e tudo o que representa a sociedade falocêntrica (ok, essa parte é passível de ódio mesmo), tampouco o repúdio à depilação e demais elementos do chamado universo das feminicices. Não, também não. Odiar a Disney e sua concepção das princesas que aguardam por seus príncipes encantados, em cavalos brancos e cabelos louros esvoaçantes. Também não. Até porque, sejamos francas, tanto a figura do príncipe, quanto a do sapo são asneiras desmedidas.
Simone de Beauvoir dizia que as mudanças pelas quais lutara não se realizariam durante a sua vida. Quiçá, dali a quatro gerações. E, infelizmente, podemos afirmar que, desolée Simone, ainda não.
Decerto que mudanças ocorreram, mas a essência do problema continua. A situação da mulher, do ponto de vista biológico, sociológico e psicanalítico, continua marginal perante instâncias de poder na sociedade contemporânea e às diferentes formas de dominação.
Razões históricas e os mitos que fundaram a sociedade patriarcal e a sustentam e que trataram a mulher como um “segundo sexo”, silenciando-a e relegando-a para um lugar em segundo plano, continuam e, reafirmam-se.
Garotas, mulheres, precisamos ser respeitadas como seres humanos. Quando tivermos nossa humanidade reconhecida, as flores do dia 8 de março farão sentido.
Inté.
Imagem: Plastic Little Covers.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Sejam educados, seus lindos!