sexta-feira, 28 de março de 2014

Lady Gaga ou a musa e os freaks



 Impliquei muito com Lady Gaga no começo. Achava sua música e projeto artístico uma mistura meio bizarra de um monte de gente boa, tipo Madonna, Cindy Lauper, Grace Jones, etetera. Mas depois parei para ouvi-la, a música e a pessoa em si, e daí que perdi o preconceito. Lady Gaga não é uma cópia ou um mero produto da indústria da música.

 E não é pelo fato da Lady Gaga conhecer U2 e Queen e ter sido amiga de McQueen, que atestam que ela tem conteúdo. Muitas coisas falam a seu favor neste sentido, desde a humildade (o que neste meio cheio de egos inflamados já lhe dá uns mil pontos a favor) e o singelo detalhe de que ela canta, entende de música, de arte, é inteligente, sagaz, o que a coloca a anos luz à frente das gralhas, dos bodes e dos gatos doentes desafinados que tomam conta das programações das rádios pelo mundo afora.

 Mas eu concordo que se não fosse a mídia, Lady Gaga não seria aceita (quase) em toda as instâncias, como observamos. Só que né, a mídia prestou atenção por conta do primeiro público, os "monstrinhos", como ela gosta de chamar, os fãs que se identificaram com aquela loucura toda. 

 Os freaks encontraram uma musa, mais fácil que Björk, de música para ser feliz, causar e dançar, simples assim. A época que a gente vive propiciou que esta musa tão atípica, digamos, se elevasse de uma forma que 20 anos atrás não era possível, vide a Cindy Lauper.

 Bisous. 




 Imagem: foto pessoal de Gaga e McQueen (um grande e adorável freak ou little monster) que realmente me emocionou quando vi. 

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