segunda-feira, 31 de março de 2014

O Lugar da Moda



E hoje começam as semanas de moda brasileira, mas como de costume, herdado do Reverbera, querida!, o Solilóquios não divulgará ou expressará qualquer opinião ou juízo de valor, em termos de moda, acerca destes eventos (FR e SPFW), que são os mais importantes, por conta dos nomes, anunciantes, propagadas e dinheiro envolvido. 

 Até lamento, porque bem que me diverti, certa época, selecionando imagens, apesar da definição terrível que os portais tupiniquins disponibilizavam. Contudo, por uma série de posturas e pela maneira equivocada que se conduz certos pormenores, guardarei a diversão só para mim. Mas me permitam um certo esclarecimento... 

 Um dos 'motivinhos' que mais me incomodava e que me fez parar de escrever sobre as semanas de moda brasileiras é 'o lugar da moda' nestes 'eventos de moda'. As vezes é de se perguntar, onde está mesmo? Não que a moda e suas tendências, que se lançarão (ou que retornarão, com maquiagem novinha) não estejam lá. Até estão. Mas sufocadas. 

 A reflexão que pode ser feita, mediante tudo o que se vê e lê destes eventos é que, a moda em si (que se espera) se perde em meio à festa e bagunça e até o desespero por quitutes e bebidinhas de backstages e lounges, ah, e dos famigerados brindes. Aliás, os brindes de desfiles são os posts com maior sucesso em todos os blogs do gênero. As criaturas blogueiras agem como zumbis, cujo cérebro fornecedor de nutrientes para o cultivo da vida são os brindes. Ou seja, que lamentável. Que se mostre os mimos, é fofo, é bacana, tudo mundo ama, mas que a moda apareça mais do que as vantagens que se tem envolvido no meio. Entendem o que quero dizer? 

 Talvez por isso Tavi (que hoje é editora de sua própria revista) e demais blogueiros da gringolândia têm uma receptividade mais bacana do que nós aqui do Brasil varonil. Ao menos são levadas a sério. Ok, existem blogueiras brasileiras citadas pela Vogue, que vão aos desfiles internacionais, e que praticam tudo isso o que critiquei. O que posso afirmar é que estes blogs refletem o público, que é numeroso, mas não propriamente sábio. Assim como a Vogue.

Procurar a moda e não "suas vantagens" (ênfase nas aspas, s'il vous plaît), seria uma tendência que adoraria, do profundo do íntimo do âmago do meu ser, que fosse lançada e consumida adequadamente aqui neste Brasil. 

Devo ser muito velha ou muito didáskala para, ainda, me chocar e aborrecer com a pataquada. Continuo firme e forte na opinião de que, se a moda quer ser levada a sério, é bom que haja de maneira séria. Caso contrário, ela continuará caminhando para este outro lugar, que desemboca num estado de osteoporose das suas estruturas. 

 Bisous.

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