quinta-feira, 19 de junho de 2014

Holga, que mocinha difícil


Ontem postei mais um dos posts do Reverbera, querida!, desta vez sobre a Kodak. À época fiquei mexida com a falência da marca, que fez (faz) parte da minha vida, justamente em um momento em que estava revelando os últimos filmes 35 mm que havia usado.

Nutro um amor nostálgico e sincero por fotos analógicas, daquelas que a gente pegava o rolinho de filme e levava para revelar, coisas assim, desde que minha última câmera analógica morreu. Óbvio que acho a era digital bacana, a qualidade, a facilidade (depende da câmera né, porque as câmeras robustas são bem trabalhosas), mas sinto falta da vida de fofuras analógicas. 

Mas daí que pouco tempo depois do "fim" da Kodak, vi-me com uma Holga, que é uma câmera chinesa, criada com o objetivo de ser barata e acessível, que utiliza filme 120 mm. As lentes e o corpo são de plástico, e a qualidade dos filmes uma coisa meio onírica (para alguns é ruim mesmo), por conta das distorções nas fotos, criando um efeito de sonho, que tem sido muito procurado por fotógrafos de arte, amantes da fotografia e entusiastas metidos a besta em geral, tipo euzinha. 

Como passei minha vida toda fotografando com câmeras analógicas, achei que seria algo muito fácil tirar fotinhas lindaslindaslindas com uma maquininha de plástico e, mais ainda, arranjar um lugar bom, bonito e bacana para revelar os filmes, já que a lomografia virou o que virou, uma mania. Pois é, ledo engano o meu. 

Para começar, não sei se é por falta de costume ou pela rusticidade da Holga, uma coisa muito simples (que era lidar com uma câmera analógica) se tornou uma coisa super mega ultra difícil. Coisas tipo, colocar o filme, bater as fotinhas, tirar o filme podem se tornar um exercício de frustração. Tem que tomar cuidado com a luz, porque o filme é mais sensível, ao contrário das analógicas domésticas de 35 mm, o contador não trava a cada foto, o controle é no olhômetro e, a coisa é ao mesmo tempo que rústica (por conta da máquina), sofisticada por conta dos filmes, que são caros, delicados e de diferentes qualidades: tem filme para o dia, noite, etcetera coisa e tal. 

 Daí que veio a dor de cabeça de verdade: a revelação. Anotei em um post-it cor de rosa todos os endereços cariocas que revelavam 120 mm. O resultado foi uma porcaria. Caro, perdi quase todas as poses (todas do filme colorido) e as preto e branco não ficaram boas. Então, confesso que meio que larguei de mão. A Holga está ainda com um rolo de filme para revelar (faz uns dois anos já), que por sinal, deve ter estragado. Terminarei o rolo e levarei para um endereço aqui de Fortaleza, para ver o que pode ser feito. E decidi voltar a tentar.

Ah, os endereços que descobri aqui em Fortaleza para revelar filme:

01. Fotografe, na Major Facundo, Centro;
02. Super Film, no Shopping Benfica;
03. Casa do Fotógrafo, na Dom Luis, Aldeota.



Adendo: revelação é colocar o filme em negativo; ampliação é colocar no papel; quando acabar o rolinho, leve para um laboratório de confiança e peça apenas para revelar e, se possível, gravar em cd, porque ai você analisa em casa quais negativos merecem virar fotinha.

Inté.

Imagem: Imagens: 1. Alice in Wonderland, 2. Holga, filme black & white lady grey 1290 film 400. 

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