100 Unhappy Days #1

E vamos começar de novo? Primeira semana, tudo de novo!

Não comecei direito, meio que parei pela metade e não é porque sou muitomuito feliz e está difícil mostrar as minhas tristezinhas e murphyzices cotidianas, não. É só porque eu sou uma mazela que esquece das coisas mesmo. Está difícil gente, esta minha vida de blogueira professorinha proletariada.

1. Então, vou pegar a ideia inicial, o filme (500) dias com ela, porque todos nós odiamos Summer, e amamos Tom. Se com você funciona ao contrário, sério cara, você tem probleminhas.

2. As Horas, triste de verdade. E lindo. E sempre o poeta visionário que se lasca. Estão todos abraçados em algum lugar nos hostes celestiais, com muita ambrosia e musas. Ou algo que o valha.

3. Cranberries integra com força a trilha sonora da minha fossa existencial. Bury the hatchet em especial: suddenly something has happened to me, as I was having my cup of tea, suddenly I was feeling depressed, I was utterly and totally stressed, do you know you made me cry, do you know you made me die... né?

4. Essa placa é duma casa lindalindalinda, que fica na Avenida Santus Dumont em Fortaleza e que virou um restaurante de comida árabe com noites de dança do ventre. E isso me deixa triste. Como a alma da cidade se esvai, sabe como?

5. A reitoria da minha universidade. Eu fiquei tão traumatizada com o fim do curso de letras e a minha tentativa patética de mestrado em literatura que peguei trauma da universidade. Fora os e-mail que envio para os professores cujas respostas são aquelas bolas de feno em meio ao deserto. Passei os últimos seis anos numa luta existencial entre o querer e o não querer uma pós-graduação, ajudado por uma relação que me sufocava ao ponto de não me permitir ter um e-mail só para mim ou mesmo fazer um curso de fotografia no Parque Lage.

6. Todas as pequenas maldades que ouço, leio e tomo conhecimento sobre Mia Farrow me entristecem. Como é fácil pisar em quem está no chão.

7. Dia desses ouvi de um colega de trabalho que ele simplesmente odiava Machado de Assis. Já ouvi tanto isso, mas nunca irei me acostumar, sempre me dói e me entristece.

Bisous.