segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Digressões sobre fama


"You'd kill yourself for recognition"

Não sou famosa de internet, graças a tudo que é bom e que alumia. Mas eu sou até que conhecida no meio virtual, entre os blogs ditos de mulherzinha e, entre o fofo (só que não) mundo casamentício. Já contei antes, mas sempre vale relembrar, que meu antigo blog - esse sim, era bem conhecido - Reverbera, querida! começou como um blog de noiva. Como sou inquieta, o blog foi mudando de forma até se transformar no meu cantinho virtual para achismos e divagações afins sobre o ser, o belo e a pataquada (e isso vai para o about do Solilóquios rs).

O Reverbera me trouxe muitas alegrias, conheci um monte de gente fofa e querida que me acompanha até hoje. Mas também conheci um monte de desnecessidades em forma de criatura humana. Coisas tipo, comprar briga para defender fofinhas e no final sobrar para mim. Precisar de um ajuda, uma divulgação e a pessoa simplesmente dar de ombros. Osso.

Vez ou outra aparecia um ebó ou pior, o ebó em pele de querida. Um dos causos mais interessantes foi o de uma cria que se zangou comigo, vestiu uma carapuça que, à época, eu julgava que não lhe cabia - hoje acho que superhipermega cabe feito luva - e foi ladeira abaixo, dizendo por aí que o Reverbera era um flop (fracasso), me xingando de um monte de coisas chulas, típico de gente nefasta. E óbvio que me ofendeu, especialmente vindo de uma criatura analfabeta funcional, que jura que escreve bem. Mas houve pior, por conta de um desentendimento, que eu tentei dar a melhor solução possível, a existência pegou raiva de algo que só prejudicou a mim e saiu espalhando a versão esquizofrênica dela, para quem quisesse dar ouvidos, coisa que me prejudica até hoje.

Todos vocês sabem que 2013 foi sinistro, ao menos para mim, que 2014 ainda estou em brumas existenciais. Mas apesar de deprimida, eu tinha que buscar formas de sobreviver, recomeçar. E lembrei de gente que me procurava no blog, quando os seus logradouros virtuais não eram tão patrocinados, que me perguntava se eu era jornalista, que eu poderia escrever para um portal e, quando eu procurei a pessoa nesse meu 2013 tenebroso, a fofinha se fez de desentendida. Essa eu darei uma dica: era uma F*Hits. Ou Shits.

Estou na internet faz mais de dez anos, o Reverbera completaria em 2014 sete anos, provavelmente um dos primeiros blogs de moda do Ceará. Divulguei tanta gente durante todo esse tempo na lista de blogs, via Tweet-tweet, escrevi posts para ajudar, sem receber nada em troca e quando precisei? Bulhufas.

Mas a fofurice persiste, porque existem pessoas como Thienny, Constance, Jess, Paulinha, RominaPriscila Vanzin, Renata. Obrigada, vocês são umas queridas ♥. Tem mais gente, inclusive que eu não conheço. Pode reclamar e o meu desde já obrigada ♥.

A última que me aborreceu e que inspirou meu desabafo mimimi foi via IG, que é a rede social que mais amo, mas que está se transformando numa prática nefasta. Não tenho muitos seguidores, não chega a 1000, mas acreditem, minha conta no IG é bem conhecida. Tenho o dobro de seguidores fantasmas. Pois é queridinhos, eu sei que vocês visitam as minhas redes sociais. Tem aplicativo para isso ;). Sei que tem gente que acha meu IG metido, tem quem ache fofo, já me chamaram de pretensiosa e já disseram que as minhas fotos são sem noção. E já recebi elogios lindos. Como a maioria gosta - o mais importante, eu gosto - então né, seguiremos bravamente, apesar dos unfollows inesperados. 

Tem gente que deixa de seguir porque não gostou de algo, mas, sejamos sinceros, a maioria quer mostrar que é mais seguido do que segue, porque isso dá alguma ideia de status da vida social internética, chama parceiro e publicidade. É feio? É horrível, mas fazer o quê? Ah, desconfiem de IGs com zilhões de seguidores sem que a pessoa seja celebridade ou artista. Na verdade, desconfiem até de certas celebridades e artistas. Existem aplicativos para conseguir mais seguidores, tem acessoria que cuida disso. Ou seja, é muita gente precisando melhorar urgente.

 Recentemente foi uma mocinha de Niterói, acho que faz acessoria de casamento. Eu não sei bem ao certo do que se trata, ok? Mas vamos lá, sentia certo apreço pela moça, e foi ela que se aproximou de mim, todo íntima, se dizendo fã do Reverbera, me apresentou até a mãe, querendo marcar café-chá, me encontrar no Fashion Rio (que eu nunca ia, porque Falco nunca estava disponível) coisa que já me dá um certo nervoso. Entendam, em geral, pessoas que escrevem blogs são meio arredias. Blogs, sabe? Distanciamento virtual coisa e tal. Daí a pessoa aparece e te ama. Dá um desespero, vocês não têm noção. Mas passa. Então voltando, o tal bem querer da tal mocinha foi se esvanecendo conforme as visualizações de seu blog aumentavam, conforme seus seguidores em redes sociais aumentavam, de repente ela não te responde mais (eu cutucava de propósito, para ver até onde ia a pataquada) e num belo dia, voilà, a persona some e nunca falou com você antes. Aconteceu também com umas moças de São Paulo, que me chamavam de diva, que me amavam e me buscariam de patins no Rio, que inclusive começaram blogs inspirados no meu. Hoje fingem que não copiavam posts do meu Reverbera, tipo os balloons e expressões que são muito minhas, que misturo dizeres idosos, com pajubá e cearensês (ou cearês), tipo osso, melhore, cousa, maridón (e demais óns), ai de mim.

No final das contas, é um monte de besteira, mas me incomoda, sabe? Incomoda que o mundo e as pessoas sejam assim, tão pequeninos e, no final, façam a gente se apequenar também. O ser humano já é uma pequeneza que, às vezes, engrandece, então né? Melhoremos que é lindo ♥.

Inté.


2 comentários :

  1. Gostei que voce fez a blogueirashame elegante.Corajoso,a fshits dá bem pra saber quem é ,tem fama de caô no Rio ,ninguém gosta, só que ninguém fala.

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Sejam educados, seus lindos!

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