O primeiro livro do mestre Stephen King, possivelmente o mais famoso que rendeu um dos melhores filmes de terror da história (sem precisar alterar o texto como o fez Kubrick), estou falando da Carrie versão de Brian de Palma.
E o que essa história da moça que só queria ir ao baile tem de diferente? No meu ponto de vista é aquela coisa da tristeza. Sim, da tristeza, porque no final das contas fico mais triste do que assustada com a Carrie, porque acabei torcendo por ela e achando bem feito tudo o que aconteceu, uma espécie de vingança de todos os geeks e outsiders desse mundo.
Na verdade, eu considero Carrie mais um drama com toques macabros e sobrenaturais, do que um filme de terror propriamente dito. Por mais assustador que seja a imagem de Carrie coberta de sangue de porco e que isso tenha entrado para o nosso inconsciente coletivo, como metáfora imagética para se ter medo, muito medo.
Carrie White (Sissy Spacek) é uma menina introvertida e diferente, que teve uma criação religiosa severa. Na verdade religiosa-severa-maluca-fanática-camisa-de-força. Como todo mundo que já frequentou a escola sabe, gente assim costuma ser o alvo das maldades e picuinhas, o conhecido bullying. Para completar, a mãe de Carrie é maluca fundamentalista, do tipo que acha seio uma coisa errada (oi?). Ah, e menstruação é pecado (aí eu concordo ó).
E tudo isso nos leva à conclusão de que a vida de nossa Carrie era uma bela porcaria. E era mesmo. E como sempre tudo pode piorar, ainda acontece com Carrie um dos maiores pesadelos da vida de uma garota: ter a primeira menstruação na escola. Com uma mãe maluca e uma escola ridícula (e as aulas de biologia?) Carrie chegou aos 16 anos e não fazia ideia do que era menstruação e né, pensou que estava morrendo. E daí a cena icônica do chuveiro, e daí a descoberta de seus poderes psíquicos, e daí todos os acontecimentos até o baile.
Assistam ao filme que conta com John Travolta bem novinho e de vilão ;).
p.s.: Eu sei que houve uma versão recente e sim, eu assisti e não, eu não gostei.
Boo.
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