sábado, 25 de outubro de 2014

Mês do Terror - O Silêncio dos Inocentes



O Silêncio dos Inocentes é baseado no romance homônimo de Thomas Harris, publicado em  1988 e o segundo a apresentar Hannibal Lecter, um psiquiatra serial killer que pratica canibalismo gourmet com as vítimas. No filme, Clarice Starling, uma jovem estagiária do FBI, procura ajuda do prisioneiro Dr. Lecter, para prender outro serial killer, conhecido como Buffalo Bill. Curiosidade: Foi o terceiro filme a ganhar o Oscar em cinco categorias: melhor filme, melhor atriz, melhor ator, melhor diretor e melhor roteiro adaptado. Né?

E eu devo lhes dizer que não me odeiem, mas eu assisti O Silencio dos Inocentes no cinema, no lindo Cine São Luis no Centro de Fortaleza com o meu melhor amigo à época, o Júlio, vulgo Boi. Júlio, se você por um acaso do ocaso cair aqui no Solilóquios, saiba que eu ainda te adoro.

Mas voltando,  Assisti mentindo a idade no cinema, a censura era 16 anos e eu tinha 14. E deu certo, gente. As coisas eram mais simples, sabe?

Mas então, Hannibal Lecter. O que dizer de Hannibal Lecter? É um personagem inesquecível, a fusão do médico e o monstro sem fórmula. É a mais pura tradução do que seria um herói byroniano em todos os pontos. É o Heatcliff nas últimas instâncias, porque Hannibal é psicopata mesmo, já Heatcliffe era uma criatura linda, porém perturbado, capaz de coisas terríveis, por amor. Hannibal que desperta interesse e medo. Amor e ódio. O vilão.

 Em O Silêncio dos Inocentes a gente observa o jogo terapêutico, digamos assim, entre Hannibal e a jovem, inexperiente e corajosa Clarice Starling. Conhecer a mente de Lecter é um grande desafio para Starling, mas representa algo como um jogo para o psiquiatra, especialista na mente humana. Quanto mais Clarice se aprofunda na investigação, mais se aproxima do perigo. A coragem de Clarice, desperta em Hannibal muito mais que o prazer da caça, desperta afeto. E daí entramos no campo da ficção e suas possibilidades, em que um psicopata é capaz de amar.

Post Scriptum:  Sobre a série Hannibal. Tive uma relutância terrível, porque temia ser algo num rítmo meio CSI, que confesso, não me agrada. Prefiro caminhos mais requintados e sombrios como True Detective (primeira temporada). Mas dei uma chance e assisti a primeira temporada e olha, eu me encantei de tal jeito que até reli Silêncio dos Inocentes. Gosto particularmente do que fizeram com Graham e sua sensibilidade, a coisa dos sonhos e devaneios com os crimes. Quanto ao próprio Hannibal, é complicado de início, porque me adaptei a ver Anthony Hopkins dar vida ao Dr. Hannibal Lecter. Mas ao final do 13ª episódio já estava completamente arrebatada. Quando assistir a segunda temporada eu volto aqui com mais pormenores, prometo.

Boo.

Um comentário :

  1. Olá, Elizabete, bom, eu gostaria de saber se a senhora (depois do mês do horror, quando tiver tempo, enfim.) Poderia fazer um post falando sobre o curso de letras, sobre sua experiência como aluna e professora, o mercado de trabalho, todos este detalhes (Se já tem um post assim, desculpe-me, não o vi) Pretendo fazer Letras, mas tenho várias dúvidas e confesso que até medo (o professor não é tão valorizado assim) mas eu gosto de ler, escrever, acho que esta seria a melhor profissão pra mim, a que mais combina. Bom, falei de mais né? Obrigado, gosto bastante de seu blog.

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Sejam educados, seus lindos!

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