sábado, 18 de outubro de 2014

Mês do Terror - Poltergeist



"They're here!"

Uma típica família feliz do subúrbio, os Freeling, formam um lindo casal com três filhos, a base da família americana. Depois de um tempo, algumas coisas estranhas começam a acontecer, objetos que se movem, cadeiras que se movimentam sozinhas etcetera coisa e tal. Ah, a filhinha mais nova, Carol Anne, começa a se comunicar com "pessoas" da TV. A mãe, que passa mais tempo em casa, acha que ela está falando dos programas e seriados. Depois ela percebe que não, porque também presencia os fenômenos da casa e fica empolgada com as atividades sobrenaturais que acontecem em sua casa, porque ela é completamente maluca, mas tudo bem. Mas essa empolgação toda dura pouco, porque né. As manifestações começam a ficar violentas, a piscina toma vida, a árvore (pavorosa) tenta engolir pessoas e a menina acaba se juntando às "pessoas" da TV em alguma outra dimensão. Agora, eles terão que contar com a ajuda de peritos no sobrenatural para terem suas vidas e a filha de volta. 

Lançado em 1982, Poltergeist é uma produção e roteiro de Steven Spielberg, que no mesmo ano dirigiu E.T. O extraterrestre. Como estava preso por contrato com o filme do ET simpático, não poderia ter seu nome associado à direção de outro filme e por isso usou o nome de Tobe Hooper (Massacre da serra elétrica). 

Na época de seu lançamento, o filme contava com o que havia de melhor em efeitos especiais que impressionavam muito a platéia, eu, por exemplo, morri de medo por anos daquela árvore do capeta, cruzes. Hoje, os efeitos estão bem datados e não impressionam, mas o filme Poltergeist é muito mais do que efeitos especiais. 

Curiosidades: tragédias acompanharam a história de Poltergeist; a atriz que interpreta a filha mais velha, Dominique Dunne, foi estrangulada pelo namorado e teve morte cerebral no mesmo ano do lançamento do filme; Heather O'Rourke, que interpreta a mais nova, morreu de parada cardíaca com apenas 12 anos no mesmo ano em que seria lançada a continuação de Poltergeist; dizem que ela estava doente durante toda a produção no ano anterior mas nunca reclamou; a fala do filme, "They're here!" foi eleita como a 69ª de uma lista de 100 das melhores falas da história do cinema.

Sempre que penso em Poltergeist algumas reflexões me ocorrem. Nos anos 1980 o mundo presenciava o boom dos vídeos cassetes e as saudosas vídeo locadoras. O vhs era então um lançamento relativamente recente, fora lançado em 1976 pela JVC, em resposta ao criado pela Sony um 1975. Em outros países, como o Brasil, só viria a se popularizar em meados da década de '80. A televisão passou a fazer parte de um número maior de classes e se popularizou a ponto de tornar as pessoas dependentes de seus programas (tipo euzinha), o que acontece hoje em dia com a internet. Não é à toa que em Poltergeist, Carol Anne (a garotinha) é tragada para dentro do aparelho e se comunica através dele, por ironia, durante a estática, quando a tv está “fora do ar”, o que reforça a ideia de interferência e desestabilização da família. A cena mais emblemática nesse sentido, a cena final, quando o pai da família atira a tv para fora do quarto.Poltergeist é um clássico.

Boo.

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