segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Mês do Halloween - Psicose



Um dos clássicos, talvez o maior do gênero suspense, que provoca o terror, Psicose é daqueles filmes que todo e qualquer fã de cinema que se prese já assistiu algumas vezes e que tem como referência.

O filme à época da estreia provocou comoção junto ao público e se tornou uma das obras mais queridas do mestre do suspense Alfred Hitchcock. O roteiro é de Joseph Stefano, baseado em livro de Robert Bloch. Baseada em um romance que teve como inspiração uma série de crimes reais, a produção transformou-se numa verdadeira obsessão para o consagrado diretor e, apesar da desaprovação de seu estúdio, a Paramount, Hitchcock decidiu ir em frente e concretizar sua visão artística, arcando com todos os custos. 

O enredo: a secretária Marion Crane (Janet Leigh) rouba 40 mil dólares para se casar, e no meio do caminho hospeda-se num motel de beira de estrada, Motel Bates, desses que fazem parte da cultura americana, bem diferentes dos motéis brasileiros. Pois então, ela é assassinada. Parece simples, mas no caso não é, porque estamos tratando com um assassino peculiar, para se dizer o mínimo. O final do filme, que na época de seu lançamento foi surpreendente, ainda hoje causa espanto a cada nova geração de espectadores, que se deliciam com o sarcasmo do bom e velho mestre Hitchkcock. 

A música de Bernard Herrmann virou referência, e apesar do filme já ter completado mais de 40 anos, é uma das mais conhecidas trilhas da historia. Um dos filmes mais cultuados e conhecidos no mundo todo. 

Dois aspectos de destaque, dentre os muitos que chamaram a atenção, as arquiteturas de imagem e de som. Esta comunhão tão perfeita fez, em termos práticos, Bernard Hermann co-autor do filme junto com Alfred Hitchcock. No plano das imagens que falam por si, deliberadamente escolhidas em preto e branco, Hitchcock dispensa os grandes textos para os personagens, e compõem, por questões muito mais estéticas que orçamentarias, um jogo de imagens com temporalidades de calmaria associadas à tensão, um diálogo com o espectador que o prende a todo tempo em seu suspense. Por outro lado, a gestão do som tem um papel espetacular no filme, capaz até hoje de produzir sensações de suspense, arrepio e pânico, em especial na célebre cena do assassinato do chuveiro. 

O som agudo dos violinos no assassinato de Marion, mas também os outros acordes tocados nos demais momentos cruciais do filme (como no momento de sua fuga de Phoenix) acabam por não apenas produzir sensações de suspense nos espectadores, mas praticamente implicá-los como cúmplices na trama. 

O Motel Bates, com sua sinistra casa de três andares, passando pelo banheiro e pelos pântanos onde se tenta esconder o filme, nos ensinam que o lugar não é neutro, mas produz sensações e leituras aos espectadores. É mais que cenário, é também mais um ator em cena: tão sutil quanto imprescindível. 

Está no ar a série bates Motel, mostrando o porquê do nosso querido Norman Bates ser do jeito que é. Vale conferir.

Boo.


Nenhum comentário :

Postar um comentário

Sejam educados, seus lindos!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...