domingo, 19 de junho de 2016

Dark Side of the Rainbow



Vocês já ouviram falar na relação entre Dark Side of the Moon, da banda Pink Floyd, e do filme O Mágico de Oz (1939)? Não? Por onde você andou, seu tolinho? É quase uma lenda urbana, envolta em mistérios bestas e negações da banda e tal, o que deixa a coisa mais legal ainda. E eu confesso que já fiz, sincronizou e é muito maneiro, simplesmente por ser.

Para quem não conhece o fenômeno, Dark Side of the Rainbow (O Lado Sombrio do Arco-íris alusão ao filme e álbum) é o nome dado ao efeito criado ao tocar Dark Side of the Moon (1973) simultaneamente com o filme de O Mágico de Oz. O efeito consiste no fato de que há diversos momentos em que uma obra corresponde a outra, seja por parte das letras das músicas ou pela sincronia áudio-visual. Como já expliquei, o nome do efeito vem da combinação do título do disco The Dark Side of the Moon seria O Lado Sombrio da Lua, uma metáfora para ilustrar os conceitos de lado negativo da mente e da vida, e da icônica canção do filme Over the Rainbow (Além do Arco-Irís).

Apesar de famoso, a origem do efeito é misteriosa, bem como as ocorrências que levaram à sua descoberta. Eu ouvi falar disso a primeira vez conversando com um amigo (que depois veio a se tornar meu marido -agora ex), que havia lido sobre na internet, em 1994, no grupo de discussão sobre Pink Floyd, algo como um fórum. Ninguém sabia de quem foi a ideia de combinar as duas obras, mas virou cultura popular, virou manchete de grandes jornais, vários fãs começaram a criar sites onde descreviam suas experiências, procurando catalogar os momentos de sincronia. Teve o DJ de uma rádio de Boston que discutiu o fenômeno no ar, levando a mais uma série de artigos na mídia e um segmento no MTV News, que eu acompanhei inclsuive, muito grávida da minha erê caçula, Carolyne. Em 2000 um canal a cabo exibiu O Mágico de Oz com Dark Side como uma trilha-sonora opcional, e quase na mesma época Family Guy fez menção ao efeito. 



E a coisa virou uma mania estranha entre os fãs de Pink Floyd, just like me, Lily girl *_*. O ano que eu fiz a sincronia foi 2005 e olhe, funcionou e eu fiquei bem histérica. è muiito maneiro observar "balanced on the biggest wave" ("balançado na maior das ondas") de Breathe ser cantada no exaro momento em que Dorothy balança em cima de um muro, ou  "Brain Damage" passar enquanto o Espantalho aparece, e ainda, as batidas de coração ressoarem enquanto Dorothy encosta seu ouvido no peito do Homem de Lata. Esse efeito de sinergia foi descrito como um exemplo de sincronicidade, definido por Carl Jung como um fenômeno onde eventos coincidentes parecem relacionados, mas não podem ser explicados pelos mecanismos convencionais de casualidade. 

Os membros do Pink Floyd negam tudo, insistem que o fenômeno é pura coincidência. Contudo, no álbum ao vivo P.U.L.S.E.(Editado em 1995), cujo set-list incluí Dark Side of the Moon na íntegra, traz algumas referências à sincronia. A fala masculina em Great Gig In The Sky, que originalmente dizia I never said I was frightened of dying (Eu nunca disse que tinha medo de morrer), mudou para I never said I was frightened of Dorothy (Eu nunca disse que tinha medo de Dorothy). A ilustração da capa - um disco imitando um globo ocular, com um sol sendo eclipsado substituindo a íris - traz escondida algumas imagens referentes ao filme, como uma ilustração de uma garota com sapatos vermelhos e a silhueta do Homem de Lata. Aí né? Pois é.

Eu acredito que é um desses mistérios  magníficos do ocaso, que tornam a vida menos vulgar, mais absurda e inigmática. Sim, eu sou besta rs.

Inté.

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