quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Penteadeira azul




Como a mesinha azul, a penteadeira também causou alvoroço, porque né, é uma penteadeira. Azul. 

Toda menina dada às meninices já sonhou ou sonha com uma penteadeira ou algo que o valha. Mas reparei que depois que maquiagem virou moda, graças à internet e seus blogs de beleza (e canais do Youtube, com tutoriais para ensinar a fazer a maquiagem do cisne negro para comprar limão na feira) todas querem um cantinho da maquiagem. E eu não sou diferente. A única diferença é que meu desejo de ter uma penteadeira é anterior à moda da maquiagem. Mas preste atenção, não estou afirmando que por conta disso, o meu sonho de penteadeira é melhor do que o de vocês, tudo bem? Obrigada.

Mas vamos falar sobre a minha penteadeira azul, que nem sempre foi azul, na verdade ela viveu por volta de 100 anos uma vida vernis colonial, passada de uma senhorinha para outra, desprezada e sob pragas, tanto a praga do cupim, como a ameaça de ser jogada num terreno baldio.

Super me contaram duas estórias da Carochinha sobre essa penteadeira: a primeira,  pertenceu a uma tia avó de alguém, que veio de Minas, traga nos ombros por escravos eunucos. estoubrincando. A senhorinha era surtada, odiava móveis antigos e resolveu jogar fora a penteadeira, que foi resgatada. Adendo: nem posso criticá-la, porque fiz algo assim, também joguei fora um guarda-roupas antigo, de madeira, do tempo da fazendo do meu pai em Pacatuba (Ceará). A vizinha espertinha catou o guarda-roupas. Hoje eu me odeio, mas tudo bem. A segunda versão: a penteadeira foi dada de presente para uma outra senhorinha, muuuitos anos atrás, e já era uma antiguidade. Acontece que essa senhorinha também enjoou da bichinha e a deu (ou vendeu) para quem, por sua vez, me vendeu, uns três anos atrás. Resumo, só sei que pouco sei acerca da penteadeira. Sei que é antiga e foi desprezada de todos os jeitos. 

Quando cheguei no Rio todos sabiam que eu amava uma antiguidade e foram me mostrar a tal penteadeira, meio que para me fazer inveja, sabe como? Eu tenho, você não tem, coisa e tal. Bem, a pessoa acabou me vendendo, para dar lugar em sua quarto aos lindos e duradouros móveis das Casas Bahia. Manja dos paranauê, só que não. Arrependeu-se, tentou reaver a penteadeira, quando soube que eu voltaria para Fortaleza o que é óbvio, não aconteceu. Risada diabólica bicha má.

A customização.

A primeira coisa que fiz (fora colecionar cosméticos, maquiagens e perfumes rs) foi mandar fazer um tampo de vidro para a penteadeira. Eu mesma medi e fui à vidraçaria encomendar. Custou R$ 20,00. Além de dar um aspecto nobre, serve para proteger o tampo de madeira do desgaste do contato com produtos e outras superfícies que arranham. A segunda coisa foi escolher uma cor. Pensei em amarelo primeiramente. Sei lá, curto amarelo, tenho outros dois móveizinhos amarelos na casa. Fui à loja de tintas, pedi a cartela de cores e vi um azul lindo, azul mar da Eucatex. E rapidinho mudei de amarelo para azul. Daí foi lixar e aplicar a tinta umas duas vezes. Ficou linda, como podem perceber. Levou uns dois dias para secar e é aquele móvel que enche de luz qualquer ambiente.


 Uma foto nada a ver com o post, mas é que ficou tão bonitinho que decidi postar. Fora que minha casa parece uma filial do Mundo Verde com tanto incenso, comida natureba e apanhador de sonhos, sino dos ventos.



A penteadeira azul em sua morada em Fortaleza.



A penteadeira azul em sua antiga morada, no Rio.

Adendo: mal vejo a hora do natal, para que se comece a vender enfeites natalinos, pisca-pisca, para que eu possa comprar e ligar em casa sem medo de incêndio. Os que trouxe do Rio são 110, a voltagem daqui é 220 e sempre que a gente tenta ligar - rapidinho, para fazer uma foto - é fumaça, é catinga de chifre queimando, u-ó.

Bisous.

Imagens: feitas por mim com uma T2i.

Um comentário :

  1. Nem vou cobrar meus direitos de menção sobre o trabalho que deu pintar esses móveis.

    :P

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Sejam educados, seus lindos!

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