quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Mês do Terror - Fenômenos Paranormais



A primeira vez que assisti Fenômenos Paranormais foi em algum momento entre 2012 e 2013, não recordo bem, mas lembro da sensação de assistir a mais um found footage, com a certeza de que seria uma completa decepção, como são 99% dos filmes do gênero e, de me surpreender em calafrios. Para uma fã de terror, é muito bom quando isso acontece. Reassisti este ano com meus filhos, minha filha Vivi ficou tão assustada que passou algumas noites me acordando para conversar, com medo de acordar e nosso apartamento ter virado outra dimensão doentia e sinistra.

A historinha fuefa #spq: Lance Preston e sua equipe do programa Grave Encounters (o nome do fime em inglês), um reality show caça-fantasmas, está filmando um episódio no interior de um hospital psiquiátrico abandonado, onde fenômenos inexplicáveis têm sido relatados ao longo dos anos. Em nome do entretenimento de qualidade, eles voluntariamente se trancam dentro do prédio durante a noite para iniciar a investigação paranormal, registrando tudo em câmeras. Eles rapidamente percebem que o edifício é mais do que apenas assombrado, ele está vivo, mais ou menos como Rose Red de Stephen King. E olha, esse tipo de história, sobre lugares assombrados, tão assombrados que adoecem quem nele está, são de lascar. Li que um monte de gente não entendeu muito bem que é sobre isso que o filme fala, que, quando um lugar está assombrado é que ele está doente (de novo, mestre Stephen King). Ou entendeu e não gostou por isso mesmo.

No começo temos cenas tensas, sustinhos, daí as coisas começam a dar muito errado, depois que um dos membros da equipe some. As horas passam, mas a noite nunca acaba e a comida deles estraga como se eles estivessem ali há meses. E daí a gente percebe que eles não estão mais na dimensão dos vivos ou nesse plano que nós julgamos conhecer. E obviamente o pânico e o histerismo tomam conta de todos, que se apegam com o que podem, como a câmera, por exemplo. Um dos argumentos mais falhos das críticas contra o estilo found footage é essa, do porquê as criaturas não largarem as câmeras. Bem, no cao de Fenômenos Paranormais temos o singelo detalhe de que a única luz que sobra é justamente a da câmera e, lá para o final, nosso querido Preston não larga a câmera pelo mesmo motivo que fez a última vítima do Buffalo Bill (Silêncio dos Inocentes) não soltar o cachorrinho: pânico. A coisa de você se agarrar ao último laço com o mundo que conhece, com a sanidade. Gostaram da explicação em diagrama?

Boo.

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