terça-feira, 24 de julho de 2018

Westworld - Is this now?



Agora que já se passaram algumas semanas do término da segunda temporada de WestWorld, e que se passou, um pouco, o impacto de tanto plot twist, venho aqui pra perguntar pra vocês se têm certeza de que agora é agora e se não somos todos hosts. Porque olha, eu não tenho mais certeza de nada, tipo o William no final (antes do extra do extra) da temporada.

 Tirando meus delírios (Hello Ford, my old friend...), o que ficou pra gente, ao menos pra mim, é o que vai acontecer na já muito esperada terceira temporada, que por sinal só vai ao ar em 2020. Os realizadores, Nolan-Joy-Abrams, já andaram falando o que não vai ter: Teddy, a sequência pra explicar o que era aquela cena final, o tal futuro apocalíptico distópico (mais ainda) ectecera coisa e tal. E daí que a gente que está com um baita dum vazio existencial sem Dolores e Maeve nos domingos da HBO, fica que nem náufrago num botinho no meio do oceano de angústias.

 Mas o que há de tão fascinante nessa série? É o que muitos se perguntam, levando em conta que a história não é lá muito agradável, já que, basicamente, WestWorld paira no mote do como a humanidade é uma merda - salvo raríssimas exceções, como o Felix. De que à medida do potencial criativo, ao ponto de se desenvolver não apenas inteligencia artificial, mas corpos artificiais funcionais perfeitos, criados por super impressoras, para lém do 3d, que levaram o ser humano a bater de frente com a morte e, a recriação da mente humana, conduzindo a espécie à eternidade, o que se faz com tudo isso é no final das contas, sórdido, feio e vazio. E aí, contrariando os iluministas como Rouseuau, que afirmavam que o ser humano é essencialmente bom, vamos de encontro a Hobbes, que afirmava o contrário, que somos todos uma porcaria e daí os contratos sociais, que nos regulariam, ouvimos isso da boca de William em dado momento da série. Na boca dum Logan, adoecido, contudo mais lúcido do que nunca, ele profetiza de que nós mesmos nos destruiremos através dessa F"nova espécie" criada por nós.

 A essência disso não é nova, vimos em Terminator e de maneira mais sofisticada em Matrix, contudo, não dessa maneira perversa como vemos em WestWorld. Ao passo em que assisto, vão se imbricando em mim todas as minhas leituras. Na visão de Nietzsche, por exemplo, o conceito de bom ou mau na esfera moral não possui sentido em si mesmo, de modo que nada, em sua essência, é objetivamente bom e tampouco mau  aí teríamos a justificativa pra personagens como Ford. 

O que será de nós, no final de tudo?

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