domingo, 17 de novembro de 2019

A tessitura de 2019



O negócio é que escrevo tanto pros outros que sobra pouca ou nenhuma vontade de escrever pra mim. Foi essa a conclusão a que cheguei. Tem um monte de ideias rondando a minha cabeça. Às vezes, pego no sono pensando nelas e tal, mas acordo pra trabalhar - aulas, revisão de texto, criação - que não me sobra força pra desemaranhar meus pensamentos e cuidar da tessitura de algo feito por puro prazer e fruição. Pois é, uma merda.

Até pra reclamar ando sem jeito. Ou vontade.

É muito cedo pra fazer um balanço de 2019? Não foi um dos piores anos da minha vida, mas também não foi aquele ano esplêndido.

Teve coisa boa: praia vazia num dia lindo de sol; resolver um monte de problemas; dar aula pra colegas professores sobre como ensinar erês a escrever, foi bem bonito (apesar de que pagaram atrasado); realizar pequeníssimos sonhos meus e dos meus; acertar a mão na aquarela e fazer coisas tão legais que não se quer mostrar pra ninguém, com medo de estragar (doida); pintar uma porta de branco e colocar uma maçaneta preta (influência de Vancouver Love it or List it); muitas geleias caseiras, voltar a acertar o bolo de cenoura; comprar notebooks que funcionam de verdade; comprar câmeras; comprar filmes pra câmeras!

E teve coisa ruim, muito ruim, mas, felizmente, mais com o mundo, o país - que me afeta muito, mas não tão diretamente - e teve sim coisa bem ruim acontecendo diretamente comigo. Desilusões, mágoas, as unhas quebrando direto (eu sou uma pessoa frívola); roubaram minha edição de 1984 etc.

Sim, eu sei, o ano ainda não acabou, faltam quase 50 dias pra isso e, muita coisa ruim (e boa, oxalá) pode vir acontecer.

Vamos ver.


Imagem: Feita por mim com uma T2i velhinha.

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