Fernando António Nogueira Pessoa ou simplesmente, Fernando Pessoa, foi um poeta, filósofo, escritor, astrólogo e manguaceiro de carteirinha, nascido filho da língua portuguesa, há exatos 126 anos atrás.
É considerado o mais universal poeta português. Para mim Pessoa é o mais universal de todos os poetas, porque ninguém foi tantos, e criou tanto sendo muitos que era um, ou seja, pirou tanto na cousa da versificação quanto ele. Enquanto poeta, escreveu sob múltiplas personalidades – heterônimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro –, sendo estes últimos objeto da maior parte dos estudos sobre a sua vida e obra. Robert Hass, poeta americano, diz: "outros modernistas como Yeats, Pound, Elliot inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente... Pessoa inventava poetas inteiros."
Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever seus primeiros poemas nesse idioma. O crítico literário Harold Bloom considerou Pessoa como "Whitman renascido", e o incluiu no seu cânone entre os 26 melhores escritores da civilização ocidental, não apenas da literatura portuguesa mas também da inglesa.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira,
a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Bisous.
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