terça-feira, 18 de maio de 2021

O melhor da vida é o surto


 

E faz quase um ano desde a última vez que escrevi aqui no Solilóquios. De lá pra cá, nasceu a ideia de criar um outro blog sobre decoração, ilustrações, coisas mais leves do que o descarrego que virou isso aqui (apesar de que vocês gostam, nunca me leram tanto na vida). Mas a ideia desse outro blog ficou  no papel. Não tenho desenhado muito. Pensado em decoração sim, vide meu perfil no Pinterest mas pouca coisa na prática porque não está sobrando dinheiro, pra ser franca, está faltando. Especialmente desde que fui despencada da porcaria da editora onde eu trabalhava feito uma insana e sem vínculo empregatício. 

EU ODEIO ESSA EXPRESSÃO: VÍNCULO EMPREGATÍCIO. Eu queria era tacar fogo em tudo, tipo o plot de Clube da Luta, sabe? Pois então. Continuo como professorinha arrependida, nessa distopia de ensino virtual. Não é que eu não acredite em educação dessa maneira, eu não estou é acreditando na educação de jeito nenhum. E eu era aquela pessoa que defendia a educação como elemento factual de transformação da sociedade para aplacar as desigualdades. Não me entendam mal, eu ainda acredito que esse seria o caminho correto, mas eu sou uma minoria silenciada por boletos e diversas opressões (aluguel, salário ridículo, indiferença, solidão); Eu já pressentia tudo isso, lá em 2015, desde que aquele aluno que me apelidou de "bruxa comunista" profetizou no meio da minha aula de literatura: "~ insira  o nome do atual presidente ~2018!" Senti uma coisa ruim, uma vontade de cuspir lava ou estar na realidade alternativa em que eu sou uma medusa e petrifico todo esse pessoal, mas né? Eu estou é nessa realidade cósmica em que eu só me lasco.

O que eu tenho feito? Passado raiva, serve? Muita raiva. Pelos sintomas correlatos, acredito que já tive covid e um derrame no meio do caminho. A síncope nervosa é constante. O ano de 2021 tem sido até agora o caos. Mas estou aí, sobrevivendo. Descobri que caixas d'água quebram. Penso muito em Água Negra quando me deparo com o mofo da sala dos livros. Penso em Jovens Bruxas (como eu nunca escrevi sobre Jovens Bruxas?!?), a cena da goteira, tenho uma goteira muito parecida com a do filme; coitada da Nancy. Coitada de mim. Esperando as aulas começarem, vídeo-aulas em casa, desisti de assistir telejornais, daí apelo pra Warner. Estou expert em Search Party, Super Girl e Seinfeld. 

Ah, eu lembrei que gostava muito de Seinfeld! Quer dizer, ainda gosto, né? Desenvolvi a teoria de que o Jerry Seinfeld, ao menos o da série, é pai do Howard Wollowitz de The Big Bang Theory (essa eu assisto à noite, apesar de que tenho várias temporadas que comprei em DVD. sou antiquada). Adoro o Kramer. Adoro o fato de que o nome dele é Cosmo Kramer.

Supergirl é muito ruim e conseguiu chegar a uma sexta temporada. A menos ruim é a quarta, tem ali um teor político, muito ataque ao facínora do Trump o que é ótimo, mas não dá, gente. É bem ruim, Mas eu assisto, porque eu sou masoquista.

Seach Party. As pessoas odeiam mesmo os millenials. Até os próprios millenials se odeiam entre si e em relação a eles mesmos. A série é basicamente isso. Independente de ser boa ou não, é uma declaração de ódio aos millenials e tudo o que se associa a essa geração. E eu não sei o que pensar. Eu não odeio tanto assim essa galera. Eu gosto do Instagram. Eu dou aula pra eles, sou mãe de pessoas dessa geração. Não é de todo o mal não. Eu acho. Não é que às vezes a gente não queira bater neles com um livro do Foucault. Eu também queria bater no Foucault. Em millenials eu já dei umas chineladas (meus erês), no Foucault ele já morreu então não rola. 

Fora as manhãs assistindo séries que nada têm  a ver uma com a outra, nos intervalos entre aulas sobre Pollock e morfossintaxe, eu tenho assistido muuitas coisas. De 2020 pra cá fiz maratonas de Arquivo X, Supernatural, Gilmore Girls, The Office, Cobra Kai. Muito filme de terror ruim claro, alguns filmes europeus intrigantes em vários aspectos, como Neco z Alenky, filme de 1988 (ou o ano em que a vida da Lilibete começou a dar tilt), é checo e uma versão muito bizarra de Alice no País das Maravilhas. Dentre outras coisas.

Vou encerrar por aqui, eu pretendo voltar a escrever mais, mas não vou prometer nada. Pode ser que a gente volte a se encontrar daqui uns dias, daqui um ano ou, nunca mais. Quem sabe, né? Sempre estou no Instagram e No Pinterest, é só procurar Lilibete.


Inté.

Imagem: do dito cujo do filme checo.


Nenhum comentário :

Postar um comentário

Sejam educados, seus lindos!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...