Depois do Grammy polêmico em que Maddie mostrou os fundilhos e que alguns dos meus alunos fofos tretaram comigo, porque Madonna seria flop (em linguagem internética algo como um fracasso), e mesmo a mulher sendo a eterna rainha do Pop, mais do que provado, porque contra fatos não há argumentos, mesmo assim, ainda passaram por mim durante a semana pós Grammy rindo e chamando Maddie de flop. Tudo bem , são crianças de 13/14 anos e eu não vou trocar meu juízo, né? Pois é.
E, pode tombar, pode se esborrachar, não importa. Continua sendo Madonna.
Mas eu vou deixar aqui os motivos que me fazem amar Madonna, motivos aleatórios
4. ela usava laço de tule e polainas no auge da década de 80;
5. o primeiro marido de Madonna foi a delícia do Sean Penn, que dava uns tapas nela (e isso é horrível); à época Maddie falou que até gostava, mas quando parou de gostar pediu divórcio;
6. ela foi excomungada, mesmo;
7. ela é brega, tosca;
8. mas virou moda na época de Vogue;
9. tudo o que a mulher faz é comentado, mesmo que todo mundo odeie;
10. ela se divorciou do babaca do Guy Ritchie;
11. ele curte uma mágoa de caboclo;
12. é viciada em trabalho;
13. na lista de músicas que me tiram da deprê-bode-preto estão pelo menos umas 6 músicas da Maddie;
14. ela teve uma fase maluca-mística-esotérica magnífica chamada Ray of Light *_*;
15. apesar de ser quem é, e de ter toda a imprensa do mundo vigiando sua vida há pelo menos duas décadas, nunca se envolveu em polêmicas agredindo ninguém ou enlouquecendo nas baladas, nunca foi presa (quase, mas por motivos artísticos, digamos assim), quer dizer, apesar de doida, ela é sã e caretinha, sabe como? acho fofo;
16. sempre foi completamente anti-homofobia;
17. a mulher faz musculação há 36 anos, meu povo. é quase o que eu tenho de vida;
18. como eu, ela não viu graça em 50 tons de cinza, pelo contrário;
Gente, eu cresci assistindo Star Treck, é simplesmente uma das minhas memórias mais antigas. Spock é uma das referências da minha vida com os dizeres "vida londa e próspera".
A gente vai ter que conviver com a ideia de que, de agora para frente, a pessoa que deu vida a um dos maiores símbolos da cultura pop do século XX, não está mais entre nós.
67. Assisti sem querer um fime que fazia tempo que não assistia, na verdade, havia me esquecido dele: Divinos segredos é o título em português, título aliás muito do sem graça. Em inglês é que tem graça: Divine Secrets of the Ya-Ya Sisterhood. Mais um filme sobre mãe disfuncional, famílias desarranjadas, que sempre (eu disse s.e.m.p.r.e.) são do Sul dos Estados Unidos. Com a minha querida Sandra Bulock e a Maggie Smith. Apesar do tema, é uma comédia, até leve.
68. Mais uma encomenda entregue, encomenda que chegou em boa hora, mas em meio a uma turba de confusão no meu trabalho, bem nas semanas das avaliações de redação. Então, consegui cumprir todos os objetivos e é um alívio.
69. Doces. Por que é bom adoçar a vida *_*.
70. Chuva *_*. Está chovendo, chovendo de verdade! Raios, trovões, madrugada toda chovendo. Formiguinhas criam asas e tomam o céu, entram pelas janelas de casa e perdem assinhas de seda pelo chão. Espetáculo poético, presságio de recomeço.
O Unhappy está muito fácil por aqui, porque os dias continuam total Katia cega, não estão sendo fáceis. Complicações, tensões, ansiedades, coisas que não se resolvem, dificuldades, medos, ou seja, toda uma série de malfazejos que indicam a necessidade de ansiolítico. Não, eu não acho isso legal. Porque não é legal não conseguir dormir de ansiedade. Porque não é legal não conseguir esquecer os problemas e tudo o que te angustia nem por um segundo, nem tomando um sorvete. Porque não é legal não ser dona e senhora das suas emoções.
E é óbvio que quando estou assim, muito bem, vou assistir David Lynch.
AVISO: O post a seguir conta com um monte de spoilers das temporadas passadas de American Horror Story (AHS) e da temporada que já encerrou nos Estados Unidos, mas ainda está passando aqui no Brasil, Freak Show, que é a 4ª temporada. Se você não gosta de saber do andamento das coisas ou de saber de antemão o final de séries que ainda está por assistir, pare por aqui. Editado!
Demorei muito para escrever sobre uma das minhas séries favoritas, AHS, mas enfim escrevi. Adendo: Eu sei, estou em dívida sobre GoT (Game of Thrones) mas tenham paciência que antes da 5ª temporada, farei o post.
Quando começou a se anunciar que teríamos uma série de terror baseada em lendas urbanas americanas eu surtei, porque né, como vocês sabem, eu amo histórias de terror. Tudo bem que a série era do Ryan Murphy, para quem não sabe, o mesmo diretor de Glee. Aí a gente fica, Glee x American Horror Story, o que tem a ver? Bem, se a gente se nortear para a coisa do loser, do outsider, do freak, tem tudo a ver, né? Pois é. Pois então, veio a estreia, em 2011 da 1ª temporada das Histórias de Horror Americanas (American Horror Story), intitulada de Murder House. O tema era uma casa sinistra, cujo pano de fundo era a infidelidade. É centrada na família Harmon, que se muda para essa casa sinistra, uma mansão, sem saber que a casa é assombrada pelos seus antigos moradores. Literalmente assombrada, porque todos morreram. Ao longo dos episódios a gente vai percebendo quem morreu.
Essa primeira temporada, que possui apenas 12 episódios, é a temporada mais assustadora, digamos assim. Além da família que se muda para a casa, o Dr. Ben (Dylan McDermott), sua esposa Vivien (Connie Britton) e a filha do casal Violet (Taissa Farmiga), temos Moira (Frances Conroy/Alexandra Breckenridge), a estranha empregada da casa, que ora aparece velha, ora aparece jovem. A enigmática vizinha Constance (Jessica Lange, que roubou a série) e sua filha Addie (Jamie Brewer), que constantemente invadem a casa. Tate (Evan Peters), o novo interesse amoroso de Violet. E sem deixar de mencionar a criatura vestida com roupa de látex preta, que aparece em diversas cenas de suspense.
A temporada vai se elaborando em flashbacks do que aconteceu na casa: demência, assassinatos, até chegar a origem de tudo.
Muita referência a velhos filmes de terror, especialmente O bebê de Rosemary, O Iluminado, Poltergeist e, pasmem, Beetlejuice. É, tem muito humor negro.
Aí eu já havia me apaixonado pela série e estava na aflição pela segunda temporada, que veio. American Horror Story não é uma série de TV convencional. Cada temporada é uma história nova, novo enredo, trilha, cenários, figurinos e os próprios atores fazendo algo diferente. Em suma, cada temporada de American Horror Story é única.
A 2ª temporada, uma temporada mais baseada em ficção científica e suspense, que se passou entre 2012-2013, Asylum, é das temporadas mais queridas pelos fãs com seus 13 episódios aflitivos, com shows de interpretação de nossa querida Jessica Lange (Irmã Jude) e Sarah Paulson (Lana). Eu gostei bastante, mas não é a minha favorita, tampouco a 1ª , tanto que se tornou minha temporada favorita, especialmente pelo desfecho, a morte do Bloddy Face Jr.
Acredito que Asylum se tornou a temporada favorita por conta do "final feliz" que Ryam Murphy desenhou para os protagonistas, fora que ele conseguiu amarrar as pontas do enredo, do jeito que deu. Para quem gosta de respostas mais do que as perguntas, deve funcionar. Eu, particularmente, prefiro quando as coisas não saem tão certinhas, porque história de terror não tem que acabar bem.
Apesar do enredo diferente da temporada passada, a estrutura era basicamente a mesma. Em um certo momento, AHS deixou a gente perdido com tudo que acontece, mas no momento oportuno vem a resolução, juntando as peças do quebra-cabeça, dando sentido a todo o enredo da temporada. Chegamos ao fim e ficamos satisfeitos (quase) com o destino dos personagens, bem explicado pelo documentário narrado por Lana, a inesquecível Lana "Banana" (que roubou a temporada para si).
O que me incomodou na temporada é que era muita coisa acontecendo de quase todas as vertentes de terror. Só faltou vampiro e lobisomem. Tinha demônio, freira possuída, alienígena, médico nazista do capeta: tudo. Teve até Anne Frank, gente. Coitada da Anne Frank.
O fim da série, culminado no face a face de Lana com seu filho "Bloody Face Jr", amarrou o roteiro de um jeito sensacional. O assunto que me incomodou um pouco foi referente ao final de Kit (Evan Peters). Após sua saída de Briarcliff: fica com a amadinha maluquete do Briarcliff, daí reencontra a amadinha antiga com pimpolho e tudo, daí ficam todos juntos, daí a 1ª amadinha surta e mata a outra e vai parar no pinel dos infernos (Briarcliff), daí ele fica amiguinho da Irmã Jude, e daí vai para a luz. Gente.
Eis que chega a 3ª temporada, Coven, 2013-2014 e essa sim, é a minha temporada favorita. Com o figurino mais fashionista, o máximo para quem gosta de moda, como euzinha. E, é a temporada menos querida pelos fãs em geral. Talvez por conta do enredo versado em bruxaria e escravidão em que o terror está nas nuanças. É a temporada mais interessante, mais rica e com maior presença do humor negro, que eu amo. Jessica Lange de Supreme está irretocável. Não é nem de longe a temporada mais assustadora, esse título fica para Muder House. Mas é a temporada bem interessante.
A série trata de dois assuntos, como já mencionei, bruxaria e a escravidão nos Estados Unidos. Mais de 300 anos após os tempos turbulentos de Salém, as descendentes das bruxas da época, tentam sobreviver e evitar a extinção dos clãs de bruxas. Os acontecimentos ocorrem principalmente em Nova Orleans, onde vemos o desenrolar da trama.
Por conta dos misteriosos ataques que as bruxas vêm sofrendo, as novas pupilas são enviadas para uma escola especial em New Orleans para aprenderem a se proteger, tipo uma Hogwarts mais simplinha. Preocupada com a ameaça, Fiona (Jessica Lange), a bruxa Suprema, retorna à cidade determinada a proteger o clã e disposta a dizimar quem aparecer em seu caminho. Na verdade, é isso que ela afirma, só que né, nossa Supreme musa, na verdade está morrendo e quer repetir uma certa mandiga do passado que a fez se tornar Supreme. Digamos que ela pretende ser uma Supreme de forma perene.
A escolinha de bruxinhas ou, Acadêmia para Excepcionais Jovens Garotas da Madame Robichaux, que acolhe jovens bruxas na tentativa de ajudá-las a controlar seus poderes e desenvolver suas aptidões, é dirigida por Cordelia Foxx (Sarah Paulson), filha da bruxa suprema Fiona Goode (Jessica Lange).
Uma vez na Academia (escola de bruxinhas) temos a reunião de bruxas adolescentes Zoe (Taissa Farmiga), Madison Montgomery (Emma Roberts) uma pop-star que foi mandada para esta academia na tentativa de controlar seus poderes auto-destrutivos, Queenie (Gabourey Sidibe) uma ex-atendente de fast food e Nan (Jamie Brewer) uma jovem que busca ser comum mas é tratada como diferente pelas outras pessoas, porque é especial. Esse é o núcleo principal e tudo na série acontece em torno desses personagens.
A série resgatou duas personagens históricas do passado escravocrata de Nova Orleans. São elas: Marie Laveau (Angela Basset) praticante de voodu dos Estados Unidos, sendo chamada até hoje de Rainha do Voodu, e Delphine LaLaurie (Kathy Bates) uma socialite de Nova Orleans e suposta assassina em série, que segundo a lenda, ajudou a torturar, mutilar e matar dezenas de escravos. Na trama, a história dessas duas personagens é um intrincado jogo de ódio, vingança pelos anos. LaLaurie torturou e matou o amante de Marie e, para se vingar, a Rainha Voodu amaldiçoou a assassina com a vida eterna. Fiona vai fazer um passeio com as meninas e por acaso acaba “encontrando” LaLaurie, enterrada em sua prisão eterna, um caixão a 7 palmos debaixo da terra no quintal de sua antiga casa, já no século XXI. Bem, libertar a socialite não fez muito bem ao pacto de paz entre as bruxas do Clã e bruxas praticantes de Voodu. Uma guerra começou entre os clãs e a coisa ficou feia quando os caçadores, membros do Delphi Trust apareceram.
E essa é a trama principal de Coven.
De todas as temporadas, Coven, na minha apreciação, foi a temporada mais linear, coesa, sem precisar recorrer a participações especiais ou loucuras de última hora no enredo.O trabalho com figuras históricas, especialmente Madam LaLaurie, deram a temporada doses excepcionais de humor e terror na medida certa.
E então a 4ª temporada, Freak Show, 2014-2015, com 13 episódios, foi uma temporada bem linear, assustadora e, com momentos tocantes, como a historinha do palhaço assassino, Twisty, que num momento achei que seria uma inspiração no It, mas não, vemos uma outra leitura de palhaço, muito boa, por sinal.
Freak Show tem uma enorme quantidade de personagens, que foram apresentados aos poucos. O núcleo principal tem Elza, Jimmy, Betty e Dot. Ao redor desses personagens orbitam Ethel Darling. Dandy e Gloria Mott. No segundo episódio, foram apresentados Desirée Duprée e Dell Toledo. Todos os personagens tem um lado bom e um lado ruim, tem seu lado freak e seu lado normal.
Destaque para nossa querida Sarah Paulson de novo, que estava incrível na caracterização de Betty e Dot, as gêmeas possuíam personalidades distintas. Cada uma pior que a outra. A fotografia da temporada estava linda, colorida, tons fortes e, às vezes, alguma coisa em tons pastel, contrastando com o circo de horrores. Outro destaque, a volta de Mary Eunice, da 2ª temporada Asylum (a freira possuída)! Houve outros momentos de conexões com as temporadas passadas, mas este foi sensacional. As cenas musicais, brilhantes, especialmente a cena de Elsa cantando David Bowie.
Gostei do final de Elsa Mars, que não foi para o céu, e sim para o inferno, condenada por toda a eternidade a cantar a tal música, tal qual Sísifo, da mitologia grega, que foi condenado para sempre a empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha, de onde ela rola de volta. Gran finale, a despedida de nossa Jessica das Histórias de Terror Americanas.
Que venha a próxima temporada (Hotel) com Lady Gaga, Mother Monster.
9. Favourite series - Senhor dos Anéis, para sempre sera a minha série favorita. Conheci em 2001 por conta dos filmes do Peter Jackson e de lá pra cá é só amor pela obra de Tolkien.
10. Music - Em destaque, em meio ao caos da estante, a biografia linda do Kurt.
11. Pocket - L&PM Contos de Grimm.
12. Massive tome - fotobriografia da Clarice Lispector.
13. Green Cover - livro de contos de Maisnfield.
14. Magazine - Lula mag do meu coração. Se algum letor quiser me dar de presente estou aceitando. Não encontro no Brasil em canto algum.
15. Yellow Cover - Edição linda da Puffin, The secret garden ♥.
Semana difícil, gente. Gatinho dodói, pilhas de redações para corrigir, muito stress e pouco tempo para pensar em coisas positivas, tirar uma fotinha para registrar alguma belezura. Mas a gente tenta. É o ao menos da vida.
Monday 9: Energy - Minha foto foi tão sem graça que eu nem tive coragem de trazê-la para cá.
Tuesday 10: This is inspires me - Não fiz.
Wednesday 11: On the wall - Foi uma das únicas fotos que fiz que gostei. Na verdade acho que foi a única mesmo.
Thursday 12: Pointy - Que foto incrível, né? #sqn
Friday 13: Temptation - Eu enseiei uma foto com doces e chocolates, tudo o que não estou comendo no momento, mas passei o resto do dia, após as aulas, terminando de corrigir as redações e daí que foi tomar um banho e morrer.
Saturday 14: Love - Pra sempre meus erês.
Sunday 15: Spot - nop
A última foto foi meu presente de Valentines. Fofo, né?
Há mais ou menos oito anos, acompanho os red carpets e cerimônias de premiação com um olho na transmissão na tv, e outro no twitter, meu amor antigo tweet-tweet, só que eu confesso, estou quase enjoando. Na maioria das vezes é divertido, mas sempre acontece alguma besteira que me aborrece.
Ontem foi alguma coisa em relação ao saudoso José Wilker, algum comentário desnecessário, grosseiro, demonstrando alguma satisfação com a sua morte (pois é), reclamando do seu gosto por cinema de arte. Bem, o cara era artista, estudioso de cienma, um dos nossos maiores atores. Por que será que ele gostava de cinema de arte, né? Eu, particularmente, acho a apreciação do cinema de arte, tão esquecido, meu Deus do céu, é algo lindo e necessário, e esperado, especialmente dum artista da área. É pra gostar de quê? X-men? Meu povo, melhore.
E eu me emocionei em vários momentos do Oscar, gente. Achei linda a apresentação da Lady Gaga, as falas do Simmons, da Arquette, a emoção de Julianne Moore, Iñárritu homenageando os imigrantes latinos e o Keaton e a apresentação da canção Glory, que foi de arrepiar. Outro momento boring do Twitter, o povo reclamando da "chatice" do Oscar. Como assim chatice rs?
A cerimônia, apresentada por Neil Patrick Harris, mostrou-se logo de começo diferente. NPH praticamente iniciou a sua fala chamando atenção para a falta de indicação de artistas negros nesta edição do Oscar, que tinha entre os filmes que concorriam em alguma categoria, Selma, sobre Luther King, que por sinal não foi indicado a melhor filme sei lá o motivo. E é um ótimo filme, o melhor sobre Dr. King que já assisti. E as alfinetadas contra o suposto "esquecimento" da academia duraram toda a premiação. Mas, não se deixem enganar, o discurso foi ensaiado, foi a Academia fazendo um mia culpa. É bonito, mas fica só na boniteza.
Para mim em especial houve um momento tenso, o anuncio de que Lady Gaga faria uma homenagem a Sound of Music, interpretando a própria Sound of Music, eternizada na voz cristalina de Julie Andrews. E confesso que senti um arrepio da nuca ao dedinho do pé. Mas foi lindo, gente. Gaga parecia uma musa do cinema antigo e o vestido da apresentação estava lindolindolindo. Confesso que me emocionei quando apareceu a própria Julie Andrews *_*! É tão bom se surpreender nessa vida.
Mas os momentos que mais me alegraram foram as falas dos vencedores na categoria ator e atriz coadjuvante. A fala fofa de Simmons de Whiplash, pedindo para lembrarmos dos nossos pais, especialmente numa cultura que prega o desapego aos pais, como é a cultura americana, foi muito corajoso e tocante. E, o discurso reenvindicando direitos iguais no cinema para as atrizes, na voz de Patrica Arquette de Boyhood (único Oscar do filme).
Os premiados.
Melhor filme: Birdman {acertei}
Melhor diretor: Alejandro Gonzáles Iñárritu (Birdman)
Melhor ator: Eddie Redmayne (Teoria de tudo) {acertei}
Melhor Atriz: Julianne Moore (Para sempre Alice) {acertei}
Melhor ator coadjuvante: J.K. Simmons (Whiplash) {acertei}
Melhor Atriz coadjuvante: Patricia Atquette (Boyhood) {acertei}
Melhor roteiro original: Birdman
Melhor roteiro adaptado: Jogo da Imitação {acertei}
Melhor filme estrangeiro: Ida {acertei}
Melhor animação: Big Hero
Melhor fotografia: Birdman {acertei}
Melhor maquiagem: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhor figurino: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhor design de produção: Grande Hotel Budapeste {acertei}
Melhores efeitos visuais: Interestellar {acertei}
Melhor canção: Glory, Selma {acertei}
Melhor trilha: Grande Hotel Budapeste {errei, mas fiquei feliz rs}
Este ano não acertei tudo como ano passado, mas acertei treze palpites de dezessete, então né? Pois é.
Achei um absurdo Big Hero ganhar na categoria melhor animação. Para começar, Como Treinar seu dragão tem história, como falei na minha postagem sobre os Globos de Ouro, Como Treinar seu Dragão é daquele tipo de animação muito muito boa. Em termos de técnica de animação, não há nada de mais, só que em termos de história e conteúdo a conversa é outra. Baseada na série de livros homônimo - que eu super recomendo, é divertido, é rico e tem profundidade, não é só bonitinho. Como não amar Toothless (Banguela)? Apesar do fundo fantástico, com dragões alados na era dos vikings, no âmago da história a gente vê que Como treinar seu dragão fala de amizade, de família e de crescer, que às vezes dói. As relações estabelecidas entre pessoas queridas e toda a complexidade dessas relações. Inclusive a perda.
E eu nem preciso falar da Princesa Kaguya, né? Porque era simplesmente a melhor animação concorrendo. Espero que não me venham aqui reclamar que Lego não estava concorrendo, e não deveria mesmo concorrer, a qualidade técnica não dá nem pra tentar concorrer com Big Hero, menos ainda com Kaguya, todo feito a mão. E, vamos lá, Big Hero ganhou porque é Disney e a Disney é a cara dos Estados Unidos, é um patrimônio. Enquanto a Academia puder deixar suas estatuetas (e dinheiro) com os indicados que são a cara de Hollywood, ela deixará. E, um filme baseado numa série de livros noruegueses e uma animação japonesa, definitivamente, não são a cara de Hollywood.
Num Oscar incrível, com algumas surpresinhas (falamos já sobre), tivemos um red carpet meio sem graça. Na verdade, os últimos tapetes vermelos (da decada de 2010) foram o supra sumo da semgracice.
Algum momento feliz, sempre por conta de Cate Blanchett ou Emma Stone. Este ano quase foi do mesmo jeito, porque Cate arrasou, mas Emma, com aquela vestido que na tv parecia vômito do exorcista, super me assustou.
Como sempre J Lo fazendo a alegria de quem acha bonito vulgarizar no red carpet. Sim, na minha opinião a imagem da J Lo nos red carpets não é sensual, é só vulgar mesmo. E não, eu não tenho ravinha da J Lo, para mim ela é uma mulher linda, mas é vulgar. Ela conseguiu vulgarizar um Elie Saab. Como, meu Deus? Fazer a periguete de luxo num Versace, já estava acostumada, mas num Elie Saab... Acho péssimo. Quem admira e espera a J Lo nos red carpets da vida é o tipo do povo que é fã das Kardashians, fenômeno que, confesso, nunca entendi e nem procurei entender. Para quê?
As lindas do Oscar 2015.
Cate Blanchett lindalindalinda de Mason Martin Margiela, que arrematou com este colar escândalo, realçando os olhos claros. Maquiagem de rica-fina-nasci-assim.
Faith Hill de J. Mendel estava muito chic, a imagem demonstra como ela estava linda no red carpet. mas estava, acreditem!
Lupita fofínea foi de Calvin Klein com milhares de pérolas, uma riqueza digna de Iemanjá. Adouro.
Meryl, como sempre, foi simplinha, mas rica, de texudo Lanvin, porque ela nem te liga.
Scarlett foi de gostosa, porque ela é gostosa, no melro estilo periguete de luxo Versace. Olha que linda, fazendo cosplay de arbustinho fino, né? Amei.
E Karolina Kurkova estava um deslumbre neste Marchesa.
Ah, houve o momento Lady Gaga, que estava ridícula num Alaïa feito sob medida pra ela. E daí, né?Estava h.o.r.r.í.v.e.l. Não estava divertido, não estava irreverente, não estava impressionante, estava apenas risível. Inclusive as luvas horrorosas. Eu gosto da Lady Gaga, mas ela estava muito errada, muito mesmo.
Não deve ser mistério para ninguém que me acompanha desde a postagem sobre os Globos de ouro ou os indicados ao Oscar que o meu coração é d'O Grande Hotel Budapeste, porque, como toda hipster maldita, eu queria morar dentro de um filme do Wes Anderson. Então caros leitores, não esperem uma postagem metida a séria e crítica sobre o filme, porque eu simplesmente não vou conseguir. E nem quero.
Obviamente Grande Hotel Budapeste não ganhará nada no Oscar 2015 (ou quase nada), até porque já ganhou de Birdman nos Globos de Ouro, o que foi surpreendente. Para mim, estou feliz pelo simples fato do filme ter sido feito. Que bom que ele existe e que me possibilitou devaneios com mendel's açucarados em caixinhas lindas, entre aventuras nonsense nos corredores coloridos de um hotel numa terra imaginária.
Tanto faz se a história que mistura fantasia e realidade buscando homenagear o cinema antigo não é novo. E daí, né? è fascinante do mesmo jeito. E, sinceramente, a linguagem de Wes Anderson é única e isso é inegável.
A história foi inspirada nas obras do escritor Stefan Zweig (escritos austríaco que se matou aqui no Brasil) e mistura humor, romance, nonsense e estética ou seja, um filme de Wes Anderson. Além disso tudo, podemos entender Grande Hotel Budapeste como uma história de poesia que resiste em momentos em que a realidade toda parece dominada pela crueldade.
E eu estou numa nóia pós consumo exagerado de carboidratos (depois de um loooongo tempo sem comer nada nadinha de nada) e estou aqui, muito entusiasmada com o Oscar 2015, praticamente sob efeito de psicotrópicos. Mesmo o Oscar 2015 com poucos filmes que eu gostei-pra-caramba (com exceto de Grande Hotel Budapeste), mas me deu vontade de apostar em quem levará a estatueta do moço pelado.
Ano passado eu acertei todas (eu disse t.o.d.a.s.) as previsões e daí que comecei uma nova profissão, armei uma barraquinha de cigana na Praça da Igreja de Fátima, ao lado do acarajé, e faço consultas filmísticas, teatrísticas, etcetera coisa e tal. Eu estou brincando.
Vamos lá, minhas previsões carb-psicotrópicas.
Melhor filme: Birdman
Para quem eu torço: Boyhood ♥
Diretor: Richard Linklater
Para quem eu torço: Richard Linklater (e o Wes Anderson, mas eu sei que não) ♥
Ator: Eddie Redmayne.
Para quem eu torço: Eddie Redmayne ♥
Adendo gigante: Apesar de que adouro Keaton, um ator maravilhoso, que muitos menosprezam por conta do BittleJuice e do Batman do Tim Burton e esquecem de momentos ótimos de sua carreira, como em Jackie Brown do Tarantino. Keaton já está com mais de 60 anos e pode ser que sua carreira decole com trabalhos incríveis por conta de toda repercussão incrível de Birdman. E pode ser que isso não aconteç, e seria uma injustiça ele perder o Oscar agora. Mas injustiças são a cara do Oscar. Enquanto isso, Redmayne está perfeito em A Teria de Tudo, mais é tão jovem. É osso.
Atriz: Julianne Moore.
Para quem eu torço: Julianne Moore e sem adendos♥
Ator Coadjuvante: J.K. Simmons
Para quem eu torço: Ethan Hawke ♥
Adendo: Mas o Mark Ruffalo (Foxcatcher) é um ator surpreendente (até fazendo um personagem de filme blockbuster, como por exemplo Hulk), fora o ano ótimo, incluindo The Normal Heart.
Atriz Coadjuvante: Patricia Arquette
Para quem eu torço: Patricia Arquette ♥
Roteiro Adaptado: O Jogo da Imitação
Para quem eu torço: A Teoria de Tudo ♥
Roteiro Original: O Grande Hotel Budapeste
Para quem eu torço: O Grande Hotel Budapeste ♥
Filme Estrangeiro: Ida
Para quem eu torço: Relatos Selvagens ♥
Animação: Como Treinar Seu Dragão 2
Para quem eu torço: The Tale of Princess Kaguya ♥
Fotografia: Birdman
Para quem eu torço: O Grande Hotel Budapeste ♥
Design de Produção: O Grande Hotel Budapeste
Para quem eu torço: O Grande Hotel Budapeste ♥
Figurino: O Grande Hotel Budapeste
Para quem e torço: O Grande Hotel Budapeste ♥
Maquiagem: O Grande Hotel Budapeste
Para quem eu torço: O Grande Hotel Budapeste ♥
Trilha Sonora: A Teoria de Tudo
Para quem eu torço: A Teoria de Tudo ♥
Canção Original: Glory, de Selma
Para quem eu torço: Glory, de Selma ♥
Efeitos Visuais: Interestelar
Para quem eu torço: Interestelar ♥
O chatíssimo Sniper Americano deve ganhar na categoria edição de som, porque a academia ama o Dirty Harry Clint Eastwood e não o deixará de mãos abanando. A mesma coisa do roteiro adaptado para o péssimo Jogo da Imitação. Sim, eu achei péssimo.
Um sonho: na hora da categoria animação, subiria ao palco o Hayao Miyazaki, que já teria recebido seu Oscar homenagem por sua obra, e daí já saberíamos que a Princesa Kaguya ganharia. Mas né.
São raros os momentos em que o Oscar faz história, como na premiação do Woody Allen (sim, eu decidi que não gosto de Woody Allen, mas não sou uma idiota ignorante) ganhou Oscar de melhor diretor por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e tirou onda, reclamando que havia perdido a aposta de que comédia não ganha Oscar. Ou quando o Hitchcock ganhou Oscar pela obra e seu discurso se resumiu em olhar de um lado para o outro, esconder a estatueta e sair, aclamado. Ou, um dos momentos mais lindos do Oscar, o prêmio honorário de Chaplin em 1972, quase 3 minutos de aplausos em pé e ele apenas agradeceu a gentileza e doçura dos presentes, duma humildade absoluta. Lindo. Já viram?
Bisous.
Imagem: Dá pra pensar em Oscar e não pensar em Meryl Streep? Na imagem querida Meryl em Sophie Choice, salvo engano, seu segundo Oscar.
Birdman é o filme mais ousado dos indicados ao Oscar. Ousado e, parece, difícil de entender por boa parte das pessoas que estão assistindo, inclusive alguns críticos. Decerto a linguagem do filme é diferente para atender à proposta ousada. Mas o filme fala sobre a arte de interpretar, a vida de ator, entre o mainstream, que é vilão do filme, e de algo relevante. Vemos os bastidores da vida de quem vive entre a arte do teatro e a indústria do cinema, mas também sobre a natureza das aspirações que move os artistas.
Mas, apesar de ter conseguido, sem grandes esforços, entender bem direitinho do que se trata Birdman, ele nem é dos meus favoritos dos filmes que estou resenhando. Mas eu gostei.
A valorização do trabalho dos atores é o foco constante no entorno em que eles se encontram na história de Birdman. Daí o grande público, aquele mesmo que gosta de acompanhar determinados atores e diretores mas que de repente não entende a coisa da disputa de egos, não se vê ali. Ou, vê e não gosta. Porque né, disputa de egos existe em todas as camadas, em todos os setores, em todas as profissões. Mesmo.
Com muita ironia e autocrítica para o próprio mainstream americano, que pensa em bilheteria com o formato de filmes sobre super heróis, sendo o próprio Birdman fruto disso, ator que um dia já teve sucesso como um super herói (Birdman), mas que agora só pensa em voltar à cena para ganhar respeito.
Algumas leituras míticas e filosóficas podem ser feitas, como a lenda de Ícaro, já que Birdman vira "um pássaro", numa metáfora de liberdade criativa, e o Super-Homem nietzchiniano, o modelo ideal para elevar a humanidade, segundo o qual não são todos os indivíduos que vão evoluir, mas apenas os mais dotados e fortes, o homem superior.
Mas no fim das contas, nosso herói só queria aprovação, reconhecimento, ser amado por todos, o que todo artista quer. Todo. O que prega o contrário está mentindo, talvez até para si mesmo.
Não sou aquele tipo de cínica que não gosta de filme baseado na história de "alguém de verdade" que traduz uma vida edificante e que emociona todo o tempo. Não, isso não me incomoda. Sabe por quê? Porque filme é ficção, mesmo baseado em fatos reais, porque, como sempre repito, a vida não é vivida em pedaços. Então um filme baseado em fatos reais é isso, um filme, que antes de tudo é suporte da ficção. Portanto, não me incomoda que a ficção se romantize, que é exatamente o que acontece em a Teoria de Tudo.
Li a autobiografia do Hawking, livrinho curto e difícil. Sua filha afirmou que ele era agredido pela ex-mulher, a segunda esposa. A primeira, que aparece no filme, colocou o amante dentro de casa. Pois é. Suponhamos que ele tenha um gênio dos infernos, uma índole horrorosa, que através de sua voz computadorizada profira toda sorte de impropérios. Ainda assim ele é uma pessoa fisicamente limitada (falando o mínimo), portanto toda a forma de agressão e humilhação é uma covardia sem proporções. O que eu sei da vida de Hawking, para além do seu livro Uma breve história do tempo, que eu li, é que ele tem um excepcional senso de humor, por vezes negro, ácido, como bom inglês e, que participou de alguns episódios do meu querido Big Bang Theory. Ou seja, não me parece um monstro, parece pra vocês?
Se o filme romantiza uma vida de perdas, as perdas mais absolutas, talvez o filme queira mostrar a vida que, apesar de tudo, ele merecia. Mais ou menos como acontece em Uma mente brilhante.
Voltando ao filme, que mostra a vida extraordinária de Stephen Hawking praticamente sem nenhuma mácula. O filme tem um roteiro falho, daquele tipo que deixa o filme bem bonitinho. Por outro lado, conta com um ator incrível, Eddie Redmayne, que vale pelo filme todo. Se existe a coisa do "filme de atriz", esse é um "filme de ator" certamente. Na verdade o filme deveria se chamar Hawking, mas tudo bem.
Stephen Hawking é uma existência incrível, um homem extraordinário, que mudou para sempre a forma com que as pessoas veem a física e a ciências. Com a obra Uma breve história do tempo, já citado. Tudo bem que recentemente Hawking escreveu um artigo dizendo que os buracos negros não existem da forma que imaginamos. O trabalho dele era sobre isso, ok? Ok. Uma mudança de posição radical, que não invalida sua obra, mas deixou cientistas perplexos e gerou especulações delirantes coisa e tal.
O que me parece é que depois de revolucionar a física, Hawking quer contar sua história. Deixa ele contar, né? Do jeito dele, extraordinário.
65. Assistir Little Princess (A princesinha) numa manhã de segunda-feira completamente sem querer, num dia de folga ♥. Um dos meus filmes favoritos, baseado numa das histórias infanto-juvenis que mais amo. A história em si foi adaptada para o cinema de maneira a deixar tudo um pouco mais leve, já que na literatura Sarah sofre um bocadinho mais, mas continua sendo um filme lindo e que toca meu coração ou candle my heart.
66. Café da manhã de sábado de carnaval para afastar a urucubaca sinistra.
Filme indicado em várias categorias, entre elas melhor filme. Patricia Arquette indicada a melhor atriz coadjuvante, simplesmente tocante.
Acho que já cheguei a comentar o tanto que achei a empreitada de levar uma década filmando, por um propósito criativo, por uma perspectiva estética, uma coisa assim, audaciosa. Um projeto que poderia perfeitamente dar muito errado. Mas não foi o que aconteceu. Pois é, o genial diretor Richard Linklater, responsável também pelo roteiro de Boyhood, filmou a história com os principais atores envolvidos no enredo durante 12 anos.
Boyhood é um filme sensacional, porque mostra as mudanças que sofremos ao longo da vida. Toda a sorte de mudanças, físicas, filosóficas, espirituais. Um filme profundamente inspirador. A cena inicial, em que toca Coldplay enquanto Mason está deitado na grama verde, é uma das mais bonitas e despretensiosas que já vi. Um filme de quase três horas que não fica chato em momento algum. Mas é bom alertar que esse é o tipo de filme para quem tem paciência com cinema de verdade. É um filme que, enquanto proposta, debruça-se sobre a vida de algumas famílias, mostrando sua evolução humana num longo período que atravessa a infância dos filhos. Um filme que ativa nossa autorreflexão.
Além de interessante pela maneira como foi filmado, é interessante ainda por mostrar a evolução de Mason, ao passar dos anos, que começa a vida cheio de perguntas e questionamentos e termina o filme ainda cheio de dúvidas. O que pode ser mais humano do que isso? A história gera empatia e se torna algo familiar, como a estreia de Harry Potter vivida pela geração dos meus filhos, que é a geração de Mason e de sua irmã.
A mãe, vivida por Patricia Arquette, despertou em mim uma profunda empatia. Como tantas mulheres, como eu, cria os filhos sozinha, acaba se envolvendo em relacionamentos que não dão certo, por conta de escolhas às vezes não muito acertadas, mas em busca de acertar, passa por rupturas, perdas, recomeços e dificuldades das mais variadas. Os filhos e ela.
Destaque para o personagem Bill, aparentemente um sujeito respeitável, equilibrado, admirável, mas que intimida e agride a família na mesa de refeição. De pronto podemos julgar esta mãe, mas só assistindo o filme para ver como ela é rica em nuanças, inclusive a nuança de servir de exemplo para as pessoas. Nunca somos apenas uma coisa, não é mesmo?
Não há como não se apegar à personagem, especialmente em sua fase "síndrome do ninho vazio", momento que super temo em minha vida.
Óbvio que Boyhood me tocou pela identificação, mas também pelo projeto excepcional que é.
65. Discussões por Grammy que Madonna é um fracasso, que Beyonce é musa, que Nikki Mijada Minaj é musa, que Sia não tem talento. Saco. Como disse Morrissey à época da premiação em 2013: "Whether it be Beyoncé or Justin Bieber, we see singers who have absolutely nothing to offer anyone as they walk off stage clutching three Grammys in each hand."
(Tradução minha) "Quer se trate de Beyoncé ou Justin Bieber, vemos cantores que não têm absolutamente nada a oferecer a alguém e como andam fora do palco, segurando três Grammys em cada mão."
Amen.
66. Assistir Little Princess me faz muito bem, mas automaticamente me faz lembrar de duas coisas que me fzem meio que mal, uma lembrança antiga e uma lembrança recente. A antiga, meu pai que me contava a mesma história das bonecas, de que quando não olhamos nossos brinquedos tomam vida.É uma lembrança feliz e triste ao mesmo tempo. A segunda é a época da minha separação, em que o ex-respectivo queria que eu arranjasse um emprego do nada, que estudasse para um concurso público nada a ver comigo e com a minha índole para um momento normal, quiçá num momento em que o minha vida estava desmoronando. Daí que me vi como a Sarah, quando a Miss Mincher conta que seu pai havia falecido. Vou associar Miss Mincher ao meu ex e rir disso tudo.
67. Álbum de Família. Outro filme que despertou um mim uma série de sentimentos. Um filme incrível e muito difícil. A cena de Violet contando sobre as botas marrom reluzentes que sonhou ganhar de natal, para combinar com as botas marrom reluzentes do seu primeiro amor. E sua mãe colocou num pacote com um lindo papel de presente, botas de homem velhas, furadas e sujas de esterco, e riu de Violet por semanas. Daí eu lembrei que minha mãe - com quem tenho muitos muitos problemas - me deu no meu aniversário de 1990 um all star, que eu havia pedido durante dois anos inteiros, mas meu pai havia morrido e estávamos sem dinheiro. Eu me senti mal, porque de repente as pessoas que achamos que são más e ordinárias, não são tão más e ordinárias.
68. Eu me perdi indo para o Campus do Pici. Enlouqueci e entrei numas de que o ônibus Campus do Pici- Unifor era um ônibus que circulava no terminal da Parangaba, que funconaria como um atalho pra mim. Só que o ônibus passa pelo Benfica, Avenida 13 de Maio. Alguém me interne, por favor. Bem, passando por várias informações erradas, porque fiscal de Terminal de ônibus é uma existência complicada, pegamos o ônibus Parque Universitário que nos leveou para a parte de trás do Campus, no meio da Favela Planalto Pici. Cagaços depois, andando cerca de 30 hectares, conseguimos.
69. Corrigir redação não é de Deus, Fico imaginando como fica a cabeça dos corretores do Enem (oi, seus lindos) após corrigir milhares de redações, porque eu que corrijo apenas algumas centenas sinto-me um pouco retardada, de tanta asneira e descosntrução da língua portuguesa que passa pelos meus olhos (tipo "estrumamento").
70 e 71. E mais um dos meus gatinhos está doente. É sempre muito sofrido, difícil.
Filme indicado na categoria Melhor atriz, levou o Globo de ouro. Julianne Moore perfeita.
Assisti Para Sempre Alice após os Globos de Ouro e confesso, mexeu muito comigo por conta do que acontece com a nossa personagem principal. Não, não tenho histórico de família, mas tenho um medo absurdo de deixar de me ser, que consiste basicamente no que é o alzheimer. Antes que vocês, que não assistiram, comecem a supor que o filme é sobre a doença, e sobre como as pessoas sofrem, as famílias sofrem, como tudo isso é terrível (e é sim, de verdade, não sabemos) o filme se direciona para outro lado, para a solidão humana, para o desespero de não ser mais quem você sempre foi e para o amor, amor de verdade.
O filme é sobre o indivíduo, não sobre o coletivo que o cerca.
Imagine que você tem a sua vida sob total controle e tudo muda. Desesperador, não é? É no desespero que habita Para Sempre Alice, na fragilidade da vida e das escolhas que fazemos e de como as pessoas ao nosso redor reagem quando toda aquela fortaleza que parecemos ser desaba. Filme sensível, roteiro irretocável.
A vida é uma soma de dias, de ações e de decisões e suas consequências. E ninguém pode adivinhar quando tudo isso vai se dilacerar. Então, entramos na vida de Alice, as relações familiares, a carreira de doutora em linguística, e, pouco a pouco, algo se mostra errado na aparente normalidade. Na comemoração do aniversário, totalmente “out of blue", Alice confunde uma brincadeira feita pelo genro, ao ironizar a rivalidade da irmã mais velha com a mais nova (filhas de Alice), a ausente naquela comemoração Lydia, com a própria relação dela com a irmã falecida. O equívoco, que poderia ser normal para qualquer pessoa, logo se soma a outros. Como o filme não enrola, Alice procura um neurologista para entender o que está acontecendo. Ela diz que começou se esquecendo de algumas palavras mas que, agora, já vive momentos em que se sente perdida.
E vem o diagnóstico: alzheimer precoce. Entre a primeira consulta e o veredicto, Alice aguenta tudo sozinha. Tem medo de falar alto que talvez ela tenha que parar de fazer o que sempre fez ou, parar de ser quem sempre foi. Mas ela ainda é Alice, Still Alice.
Julianne Moore brilhante, representa muito bem a aflição e a dor dessa história. A progressão da doença, seus sintomas e dificuldades, é tudo muito rápida. Contudo, o filme não se volta apenas para a tragédia das perdas que Alice vai sofrendo (memória, foco, consciência de si e dos demais). Para Sempre Alice tem a grandiosidade de mostrar a luta desta mulher por conseguir ter uma vida digna.
Nem a Kristen Stewart estraga o filme. Na verdade ela está até que muito bem.
Como falei no outro post, tenho uma história afetiva com kombis. Sim, eu sou louca, eu sei. Mas faz meio que parte da minha história de vida. Passei minha infância toda indo para a escola na Kombi do Sr. Antonio, transporte escolar da Medalha Milagrosa, a escola onde estudei no Montese.
Depois um dos meus amigos mais queridos comprou como primeiro carro uma kombi caindo aos pedaços, mas que fez nossa alegria durante muito tempo. Barulhenta, esculhambada, o parachoque vivia caindo, mas a pintura vintage era tão fofa. Tinha cheiro de infância, de praia, de ta de de compras de material escolar ao som de Nirvana. E dava pra dormir *_*. Depois meu amigo vendeu a Kombi e comprou um outro carro, menos esculhambado. Na verdade, bem menos esculhambado (cadê você :( ?).
E daí que eu meio que estou nutrindo o desejo de comprar uma Kombi, em algum momento da minha vida. Sim, eu sei que elas não são mais fabricadas, que se conseguir, terei que comprar uma antiga (lindo!) e que Kombis só devem ser uadas como utilitários. Mas sabe sonho? Sonho não tem que ser lógico ou exato. Sonho tem que ser o que é, sonho. E só.